Segundo dados do setor, no Brasil, existem oito mil ônibus para cada 100 mil habitantes. Maceió, que possui uma população de 933 mil habitantes, dispõe hoje de uma frota de 600 ônibus, sendo que apenas 550 estão circulando. “Maceió tem um déficit de cerca de 500 ônibus, que só poderá ser suprido através do processo licitatório”.
A afirmação é do empresário de transportes, Ronaldo Bezerra, que ressalta ainda que a capital Alagoana possui a tarifa mais cara do país, por número de habitantes. “Há quem tenha comparado a nossa tarifa com a de São Paulo – que custa R$ 2,00. Certamente não percebeu que além de São Paulo ser maior de Maceió, ainda dispõe de outros transportes: metroviário e ferroviário, coisa que não temos”, lembrou Bezerra.
Há cerca de um ano, o Ministério Público de Alagoas entrou com uma ação na Justiça, com pedido de liminar, para que a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito realizasse, ‘imediatamente’ um processo de licitação das empresas de ônibus que atuam em Maceió.
De acordo com os promotores da Fazenda Pública, o processo de licitação é obrigatório pela Constituição Federal, no entanto, em Maceió, as empresas usavam um termo de permissão desde 1999, que perdeu a validade no dia 29 de dezembro de 2005. Até o momento a licitação não foi realizada.
“Somente a licitação poderá resolver, de uma vez por todas, o problema do transporte coletivo em Maceió, que é caro, precário e deficiente. Para se ter uma idéia, dos 550 ônibus da frota, apenas 240 estão aptos a circular, todo os resto está sucateado e não há fiscalização por parte da SMTT”, ressaltou Ronaldo Bezerra, lembrando que a renovação da frota tem que se dar à cada sete anos.
