O poder da confiança

O fator mais importante para um trabalho verdadeiramente em equipe e para se atingir maiores e melhores resultados coletivos é a confiança. Quando esta é baixa, ou não existe, as relações interpessoais ficam prejudicadas. E, não havendo confiança, a delegação de tarefas, que garante o bom desempenho administrativo num órgão público ou na empresa privada, deixa de existir. Questões que poderiam ser resolvidas pelas gerências intermediárias passam a ficar concentradas nos gestores do topo da pirâmide hierárquica, porque simplesmente não se confia transferir responsabilidades.

A confiança é algo de mão dupla, que deve ser desenvolvida entre duas pessoas. Quando as gerências intermediárias ou servidores de uma instituição não confiam em seus dirigentes superiores, o prejuízo é enorme. Esse clima de desconfiança gera ambientes de trabalho caracterizado por baixa produtividade e comprometimento. E as respostas mais freqüentes incluem o estresse, hostilidade, sinergia negativa, improdutividade e tensão. Já o clima em ambientes de trabalho de alta confiança é divertido, solidário, motivador, produtivo e confortável.

Mas afinal, como criar e gerenciar um clima de confiança dentro de um órgão público? Confiança pode ser entendida como a fé que uma pessoa deposita em alguém quando está em posição de vulnerabilidade. A confiança deve ser conquistada, primeiro pelo dirigente superior, através de exemplos e ações colocadas em prática.

E por que algumas pessoas têm uma dificuldade enorme de confiar nas outras? Isto pode ser explicado, porque primeiro, é preciso cada um alcançar sua própria confiabilidade, ou seja, ter auto-confiança, para depois pensar em conquistar a confiança dos outros. Existem fatores que influenciam tudo isso, como a personalidade, cultura, segurança interna e experiência de cada pessoa.

Os meios práticos de gerenciar a confiança entre as pessoas são os mais diversos. Pode-se enumerar alguns, como dedicar mais tempo a explicar escolhas, oferecer algum tipo de segurança, ser paciente, evitar apelar para a coação ou ameaça, informar que as decisões são tomadas ouvindo-se várias pessoas, citar valores pessoais que possam coincidir com princípios – leis naturais e verdades inquestionáveis, criar uma cultura que enfatize que é preciso fazer o que é certo, tomar medidas que demonstrem genuína preocupação com os outros, achar meios de demonstrar competência na execução das tarefas diárias, delegar responsabilidades, prometer menos e fazer mais, explicar honestamente por que foi impossível cumprir uma dada promessa, aumentar a freqüência e a franqueza da comunicação com os demais, procurar almoçar ou praticar esportes junto com outros do mesmo setor de trabalho.

Veja a história abaixo, que retrata bem a importância da confiança: “Era uma vez um homem perdido no deserto, prestes a morrer de sede. De repente, ele encontrou uma velha cabana abandonada e com dificuldade se acomodou numa pequena sombra dela. Passados alguns minutos, viu uma velha bomba d’água, bem enferrujada, a poucos metros de distância. Ele se arrastou até lá, começou a bombear, mas nada aconteceu. Então o homem notou ao lado uma velha garrafa cheia d’água, com uma mensagem que dizia: “Você primeiro precisa preparar a bomba colocando nela toda a água desta garrafa. Por favor, encha novamente a garrafa antes de partir”.

Ele se viu num dilema. Despejar a água na velha bomba ou beber a água e desprezar a mensagem? Com relutância, ele despejou toda a água da garrafa na bomba. Começou a bombear e de repente um fio de água apareceu, depois um pequeno fluxo e finalmente uma água fresca e cristalina jorrou com abundância. Ele bebeu da água ansiosamente. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante e acrescentou uma pequena nota na mensagem original. “Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água, antes de poder obtê-la de volta em abundância”.

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