Um jornalista russo foi assassinado nesta sexta-feira nas ruas de Majatchkala, capital da república de Daguestão (Cáucaso), horas depois da descoberta, em Moscou, do corpo de outro jornalista especialista no Cáucaso, anunciou a polícia.
"Gadji Abachilov foi morto por desconhecidos quando estava no interior do seu veículo em Majtchkala. Seu motorista ficou ferido gravemente e está hospitalizado", declarou Mark Tolchinski, porta-voz do ministério russo de Interior na capital do Daguestão.
O assassinato de Abachilov, de 58 anos, que dirigia o canal de Daguestão, filial local da rede de televisão estatal Rossia, aconteceu no centro da cidade, disse o porta-voz. Abachilov já foi vice-ministro de Informação do governo local.
O porta-voz insistiu em que nada permite relacionar o assassinato de Abachilov ao de Ilias Churpaiev, jornalista do canal de televisão Pervyi Kanal, encontrado estrangulado com um cinto na em sua casa, em Moscou.
Churpaiev, de 32 anos, era autor de reportagens sobre o Cáucaso, já tendo trabalhado em todos os pontos críticos da região: Daguestão, Chechênia e Abkházia, entre outros, assinalou um comunicado da rede.
"Ilias Churpaiev, nascido em 1975, foi encontrado morto no apartamento onde morava", indicou o comitê de investigação da Promotoria russa, citado pela agência Itar-Tass. O comitê informou que já abriu uma investigação por assassinato.
Os bombeiros receberam um telefonema na madrugada de sexta-feira alertando sobre um incêndio em um apartamento. Entre as chamas, supostamente provocadas para dissimular o assassinato, foi encontrado o corpo do jornalista com um cinto ao redor do pescoço.
Segundo um investigador citado pela agência Interfax que não se identificou, a hipótese principal é assassinato por motivos pessoais, apesar de não se descartar vínculos profissionais ou mesmo roubo.
