Dalai-lama diz ter sentimento de "impotência"

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O líder espiritual tibetano, o dalai-lama, assegurou ter o mesmo "sentimento de desesperança e impotência" que há quase 50 anos, quando se exilou na Índia após a fracassada revolta tibetana contra a China, informou neste domingo (23) a agência Ians.

Em um encontro na capital indiana neste final de semana com artistas e diplomatas, o dalai-lama rejeitou o ódio e a violência para encontrar uma solução para a situação do Tibete, mas disse que isto não significa que seu povo deva se mostrar "submisso" perante as autoridades chinesas.

Apesar de se sentir seguro em território indiano, reconheceu sentir "o mesmo sentimento de desesperança e impotência" que após a insurreição tibetana de 1959 contra os comunistas chineses, que causou 10 mil mortes e obrigou cerca de 100 mil seguidores do dalai-lama a se exilar.

Segundo ele, se os chineses não se "conterem seu ‘carma’ negativo, sofrerão as conseqüências". Embora o dalai-lama apenas fale esporadicamente da situação no Tibete, admitiu antes de iniciar uma de suas conferências que normalmente vê claramente os pontos a desenvolver, mas que desta vez sua mente estava em branco.

Nas últimas semanas, protestos e manifestações tomara as ruas do Tibete. Os conflitos em Lhasa (capital tibetana), considerados os piores em quase 20 anos, começaram com as manifestações pacíficas que os monges budistas promoveram no último dia 10 de março por ocasião do 49ª aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o domínio chinês.

Eles se intensificaram como uma reação à notícia de que monges budistas teriam sido presos depois da passeata de 10 de março. Centenas de monges tomaram então as ruas, e os protestos ganharam força com a adesão dos tibetanos. Os protestos se espalharam para províncias chinesas próximas, principalmente aquelas com considerável presença de grupos de origem tibetana.

Fonte: Folha

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