Acusado de tráfico de drogas morre na PF

Preso desde a última sexta-feira na sede da Polícia Federal por tráfico de drogas, João Mendonça Alves, 38, foi encontrado morto na tarde deste sábado (22) em uma cela da superintendência da PF. A PF trabalha com a hipótese de suicídio.

Alves foi preso em uma operação, na sexta-feira, em que foram apreendidas 1,230 tonelada de cocaína em Itatiba (a 84 km de São Paulo). Foi a maior apreensão desse tipo de droga da PF dos últimos cinco anos.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, Alves estava em uma cela de transição, na qual os detentos ficam sozinhos nos dois primeiros dias, antes de serem transferidos para a cela comum, com outros presos. Na tarde de ontem, segundo a PF, Alves foi encontrado com ferimentos no pescoço, "possivelmente feito com a faca da refeição". O boletim de ocorrência da Polícia Civil registrou três ferimentos no corpo de Alves.

O suspeito chegou a ser levado ao Hospital Sorocabano, também na Lapa, por volta das 16h30, mas o óbito foi declarado às 16h50.

A Polícia Civil registrou o caso como "morte suspeita" e já solicitou, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança de São Paulo, perícia no local e exame necroscópico. A assessoria da PF diz que a investigação é desnecessária, já que a hipótese mais provável é de suicídio.

O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) e peritos da PF estiveram no local onde o corpo de Alves foi encontrado para averiguar as circunstâncias da morte.

Apreensão

Na sexta-feira, além de Álves, também foram presos dois surinameses. De acordo com o delegado de combate ao crime organizado da Polícia Federal em São Paulo, Mário Menin Junior, o esquema era investigado havia cerca de dois meses.

Segundo Menin Junior, a cocaína chegava a um galpão em Itatiba escondida em baterias automotivas de grande porte. Lá, os traficantes transferiam pacotes da droga para caixas de papelão de álcool em gel que, depois, eram exportadas para a Polônia e a Holanda.

No galpão foram presos os dois surinameses. Na seqüência, o brasileiro foi preso em casa, em Itaquera (zona leste de São Paulo). Conforme as investigações, ele era o responsável pela logística de importação da droga –cuja origem ainda não foi confirmada.

Fonte: Folha

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