Hillary promete permanecer na disputa

Reuters
A pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton prometeu na sexta-feira permanecer na disputa, contrariando a sugestão de um senador de que acha que ela deveria desistir para aumentar as chances do partido na eleição de novembro.

"Há milhões de razões para continuar esta corrida", disse a senadora a jornalistas, reagindo à pressão vinda do colega de bancada Patrick Leahy, partidário de Barack Obama.

Muitos analistas acham que Hillary praticamente não tem mais chances de superar Obama e conseguir a indicação democrata para enfrentar o também senador John McCain, republicano, em novembro.

Embarcando em uma viagem de ônibus de seis dias para pedir votos pela Pensilvânia, Estado que realiza primárias em 22 de abril, Obama comparou a disputa pela indicação democrata a "um bom filme que durou uma meia hora demais."

Hillary ironizou a declaração: "Gosto de filmes longos", disse.

As pesquisas indicam uma ampla vantagem de Hillary na Pensilvânia. No entanto, Obama obteve o apoio de um político popular no Estado, o senador Robert Casey, o que pode ser especialmente útil entre eleitores católicos, brancos e operários.

Falando num comício de Obama em Pittsburgh, Casey disse que seu colega é "uma pessoa unicamente qualificada para nos guiar na direção" da mudança e da conciliação.

Muitos democratas temem que a prolongada e acirrada disputa entre Hillary e Obama possa ajudar McCain, já garantido como candidato republicano. Nesta sexta-feira, o republicano exibiu seu primeiro anúncio de TV para a eleição.

Em nota, Leahy disse que McCain está aproveitando a cobertura da imprensa "porque os candidatos democratas têm de focar não nele, mas um no outro".

"A senadora Clinton tem todo direito, mas não uma boa razão, para continuar como candidata enquanto quiser", afirmou.

O presidente do Partido Democrata, Howard Dean, apareceu em programas noticiosos na sexta-feira alertando que a disputa pode ser nociva e que ataques pessoais devem ser deixados de lado. Não chegou, porém, a pedir a desistência de Hillary.

Obama tem grande vantagem sobre a rival em termos de delegados já comprometidos com sua candidatura para a convenção nacional de agosto. Continua distante, porém, do "número mágico" de 2.024 delegados.

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