Doméstica brasileira é morta na Espanha

Da AE

A empregada doméstica brasileira Tatiane de Oliveira, 24 anos, foi encontrada morta nesta quinta-feira em Tenerife, no Arquipélago de Canárias, na Espanha. A polícia espanhola informou que Tatiane, que estava grávida, teria se enforcado. No entanto, os familiares da jovem, que moram em Cascavel, no Paraná, afirmaram não acreditar na hipótese e desconfiam do namorado dela, um espanhol com quem a jovem vivia.

Tatiane morava há oito meses no país. A família dela reside numa casa simples de madeira, no bairro Santa Cruz, uma das regiões mais pobres da cidade. A irmã da brasileira, Andréa de Oliveira, foi quem recebeu a informação sobre a morte. "Uma amiga dela (Tatiane) ligou-me e deu a notícia da morte da minha irmã. Ela (amiga) disse-me que o namorado a matou", relatou.

Segundo os parentes, Tatiane e o namorado, de nome Bernardo, mantinham relação há quatro meses. A empregada doméstica mudou-se para a residência de Bernardo depois de saber da gravidez. Para os familiares, Tatiane não tinha motivos para cometer suicídio, uma vez que havia anunciado quer era gestante na segunda-feira, quando fez o último contato com a mãe, Beatriz de Oliveira.

"A Tatiane estava feliz na Espanha. Na última vez em que conversamos, ela disse que o namorado a pediu em casamento e que estava grávida. Até a mãe falou para ela voltar e ter o filho aqui no Brasil", afirmou Andréa, lembrando que a idéia de retornar ao País, no entanto, não teria agradado ao namorado. A irmã da empregada afirmou que ela saiu do Brasil com os sonhos de ganhar dinheiro e ajudar a família

Tatiane deixou quatro filhos – três moram com o pai e um com a avó materna, no Paraná. "A Tatiane mandava dinheiro para construir a casa onde pretendia morar com os filhos depois que voltasse ao Brasil e também ajudava a pagar as contas da família", disse Andréa. Abalada, a mãe declarou esperar que a polícia esclareça o crime.

Auxílio – Nesta sexta-feira, a família pediu auxílio à Polícia Civil de Cascável. O delegado-chefe da 15ª SDP (Subdivisão Policial), Amadeu Trevisan, fez os primeiros contatos com a Divisão de Assistência Consular do Ministério de Relações Exteriores, em Brasília, para orientar os familiares sobre o procedimento de translado do corpo da Espanha para o Brasil. "Nós não temos recursos e pedimos ajuda ao governo brasileiro para trazer o corpo de nossa irmã para Cascavel", pediu a irmã.

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