A sessão pública da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, na manhã desta sexta-feira, dia 18, foi marcada por um fato inusitado. Além da renúncia do presidente interino Alberto Sextafeira (PSB), renunciaram também Flávia Cavalcante (PMDB) e Cáthia Lisboa Freitas (PMN), que são as que estariam na linha de sucessão. Abriu-se mais um impasse na Assembléia Legislativa: o parlamento – por enquanto – está sem Mesa Diretora.
É mais uma situação atípica para entrar no rol das idiossincrasias do parlamento alagoano. Primeiro, foi o afastamento dos deputados estaduais que estavam na Mesa Diretora. Com isto, a direção do Poder Legislativo ficou manco. Alberto Sextafeira (PSB) assumiu a presidência interina, mas alguns cargos continuaram vagos.
Em seguida, nove parlamentares – incluindo os que haviam sido afastados da Mesa Diretora – foram afastados do cargo de parlamentar, entre eles, o presidente Antônio Albuquerque (sem partido). Os afastamentos se deram por conta do indiciamento destes pela Polícia Federal. Eles são acusados de participarem de um esquema fraudulento que teria desviado R$ 280 milhões dos cofres públicos.
A sessão que deveria dar transparência às contas do parlamento trouxe novas dúvidas, entre elas, “quem comandará a Casa Tavares Bastos a partir de agora?”. Conforme os primeiros levantamentos feitos pelo Alagoas 24 Horas, só pode haver uma nova eleição se houver um presidente para chamá-la. Ainda assim, a eleição é convocada em uma sessão e deve acontecer em outra, ainda que seja no mesmo dia.
Os pedidos de renúncia de Flávia Cavalcante e Cáthia Lisboa Freitas foram entregues na manhã desta sexta-feira. O Alagoas 24 Horas tentou contato com assessoria para saber como se dará o procedimento do funcionamento do Legislativo a partir de agora, mas ainda não obteve resposta.
