Adriano Argolo deixa o MSCC

O indiciamento do deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), teve desdobramentos dentro do Movimento Social Contra a Criminalidade (MSCC), formado em decorrência dos últimos acontecimentos envolvendo os deputados estaduais em Alagoas. Uma das bandeiras do movimento – que nasce da sociedade civil organizada e integra diversos sindicatos e demais entidades – é a luta contra o crime organizado e a corrupção.

A exemplo do pedido da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), alguns membros do movimento também havia decidido por pedir o afastamento de Paulão das funções de parlamentar. No entanto, conforme Adriano Argolo, o pensamento esbarrou na resistência de alguns membros do MSCC. Na avaliação de Argolo, “houve partidarismo”, já que parte dos integrantes simpatizam ou estão diretamente ligados ao Partido dos Trabalhadores.

Adriano Argolo ressalta ainda que sabe que Paulão não está ligado ao crime organizado em Alagoas. “Ele continua sendo um grande político e importante para o Estado de Alagoas, mas o empréstimo foi um erro e ele tem que pagar por isto. Não pode haver dois pesos e duas medidas”, salientou o advogado Adriano Argolo.

Para o advogado, não se trata de julgar o deputado estadual petista, mas sim agir de forma suprapartidária, que – segundo ele – seria um dos princípios do movimento. “Foi com base nisto que elaborei uma carta pedindo a saída do MSCC, que eu ajudei a fundar. Mas, sequer consigo entregar esta carta, porque eles não querem que eu saia. Por esta razão, eu preciso da imprensa para informar a sociedade que eu já não faço mais parte do MSCC”, complementou.

“O movimento não pode abrir exceção por questões partidárias”, finalizou ainda Argolo. O advogado ainda fez duras críticas ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jackson. Conforme Argolo, Jackson tem utilizado o movimento de forma arbitrária. O Alagoas 24 Horas tentou contato com presidente da CUT, mas não obteve êxito.

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