Tio da vítima, James Cícero, acompanhado do advogado, disse que irá processar o Estado
Familiares do jovem Johnny Wilter da Silva Pino, de 21 anos, morto com um tiro na cabeça, na noite deste domingo, 25, nas imediações do Santos Dumont, após ter ignorado um bloqueio policial, estão indignados com a morte do estudante universitário.
De acordo com o tio da vítima, James Cícero, o jovem – que era natural de União dos Palmares e residia em Maceió, nas proximidades do Makro, para estudar Geografia na Universidade Federal de Alagoas, foi sumariamente executado.
Segundo James, o jovem estava voltando para casa, na noite de domingo, com um amigo identificado apenas como Marcos – principal testemunha do crime – quando teriam sido abordados pela blitz policial. James informou que os rapazes seguiam de motocicleta – uma Honda Biz – por ruas secundárias, uma vez que Marcos, condutor da moto, é inabilitado, em direção ao Residencial Vila Madalena, no Santos Dumont, onde o condutor reside.
Os jovens, segundo informações da Polícia Militar, teriam desobedecido à ordem dos policiais para parar na blitz e ainda teriam atirado contra a guarnição, que reagiram e acertaram Johnny Wilter com dois disparos, sendo um deles na cabeça. A arma utilizada pelos jovens não foi encontrada pela polícia. Johnny Wilter ainda chegou a ser socorrido e encaminhado para a Unidade de Emergência Armando Lages, mas não resistiu aos ferimentos.
Com a vítima, os policiais militares encontraram a identificação do soldado BM Johnatan Wilker da Silva, irmão da vítima. De acordo com James, Johnatan Wilker estava em São Paulo, onde fazia um curso de aperfeiçoamento, o bombeiro deve chegar hoje à capital alagoana.
O corpo de Johnny Wilter da Silva Pino, 21, será sepultado na cidade de União dos Palmares, onde sua família reside. O tio da vítima informou, ainda, que a família entrará com uma ação contra o Estado, pela morte do seu sobrinho.
O fato foi registrado – conforme relatório do Comando de Operações da Polícia Militar – às 22h40. Apesar de ter registrado uma troca de tiros, a Polícia Militar não faz menção – ao menos em seu relatório – à arma utilizada no crime.
