Direção de escola aciona SEE no MP

Problemas na rede elétrica da Escola Estadual Eunice de Lemos Campos, no Benedito Bentes I, levaram estudantes, professoras e até uma representante da Direção da escola a entrar com representação no Ministério Público de Alagoas.

De acordo com a promotora de Justiça Cecília Carnaúba, da Fazenda Pública Estadual, as estudantes Cícera Moraes, Maria de Fátima Santos, Luany de Oliveira e Cícera Monteiro, que chegaram ao MP acompanhadas das professoras Maria Inês Torres, Irene Batista e Magda Cavalcante e da diretora-adjunta, Vanessa de Oliveira, informaram que os problemas na rede elétrica da escola vêm acontecendo desde junho de 2007.

“Segundo o relato do grupo, desde a constatação do problema, a Escola está funcionando precariamente no horário diurno, com a totalidade de sua capacidade, entretanto, os alunos do noturno ainda não tiveram aulas neste ano letivo, que teve início em 31 de março, e não há previsão para o início das mesmas”, afirmou a promotora de Justiça, que decidiu instaurar procedimento administrativo para apurar as denúncias e deve estipular um prazo de 15 dias para a Secretaria Estadual de Educação prestar esclarecimentos sobre os fatos relatados.

O grupo informou que um pequeno conserto chegou a ser feito pela SEE em dezembro de 2007, no entanto, o problema retornou em virtude das infiltrações decorrentes das chuvas do mês de janeiro. Ainda segundo a representação, a SEE foi acionada seguidas vezes, mas mandou apenas um eletricista que recomendou a suspensão das aulas diante da constatação da presença de corrente elétrica nas paredes.

Conseqüências

Em razão das dificuldades enfrentadas e do atraso do calendário escolar decorrente de anos anteriores, já houve uma evasão escolar da ordem de seis turmas, de um total de 47 até então existentes. As professoras informaram que todos os dias interrompem as aulas às 16h30, em virtude da pouca iluminação, bem como nos dias de chuva. “O laboratório de informática, a sala de vídeo, os ventiladores, ar-condicionado e tudo o que diz respeito à rede elétrica não está funcionando”, disseram à promotora de Justiça.

Outra conseqüência apontada pelas professoras é que alunos do noturno, que cursam o ensino médio, estão prejudicados quanto à conclusão do ano letivo e, conseqüentemente, com relação ao PSS e ao vestibular regular. “Estamos bastante preocupadas, pois a situação de escola é grave, são infiltrações grosseiras e há ameaças de desabamento do teto dos corredores de acesso às salas de aula, por conta dos problemas de escoamento”, afirmaram.

Outro problema

Também foi denunciado ao MP que, há cinco anos, a escola recebeu equipamentos para o laboratório de ciência e destinou uma sala para abrigá-lo, mas até o momento nada funciona, pois a SEE não providenciou a instalação das bancadas de apoio

Fonte: Assessoria/MP

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