Sport ganha Vasco nos pênaltis e está na final

Edmundo começou herói, acabou vilão Estava tudo pronto para a festa. São Januário estava lotado. Com apoio da torcida, que lotou o estádio e recebeu a equipe com sinalizadores que "escreviam" o nome do clube nas arquibancadas e um foguetório como nos bons tempos da equipe campeã da Libertadores em 1998, o Vasco venceu nos 90 minutos o Sport por 2 a 0. Mas Edmundo, autor do gol no último minuto, isolou para fora, nos pênaltis, a classificação para as finais. O Sport decidirá com o Corinthians a competição.

Com o tradicional uniforme preto e determinado a marcar logo no início, o Vasco entrou com o nervosismo junto da obrigação de vencer por dois gols de diferença. Logo nos primeiros minutos, os passes errados e as falhas no posicionamento eram visíveis. Morais e Alex Teixeira, meias ofensivos, pouco se aproximavam de Edmundo e Leandro Amaral. E quando surgia uma boa chance, a jogada saía errada. Aos 13, Edmundo tocou na direita para o avanço de Wagner Diniz, que centrou com muita força por trás do gol.

O Sport, com o desfalque do camisa 10 Romerito, apresentava o esquema 3-5-2, com César formando a zaga com Igor e Durval, e jogava nos erros do Vasco. Com melhor toque de bola, criou as duas primeiras chances de gol. Aos 16, Leandro Machado recebeu na entrada da área e girou, com perigo, para defesa de Tiago. Aos 18, Luciano Henrique fez boa jogada pela esquerda e tocou na área. Leandro Machado dividiu com Luizão, e a bola sobrou para Carlinhos Bala, que sem ângulo bateu à queima-roupa para defesa de Tiago.

Morais, principal homem de criação, errava as jogadas e só apareceu efetivamente aos 26, batendo de fora da área, para fora. A melhor jogada de garçom foi aos 28, quando Alex Teixeira, que sentiu visivelmente a pressão, tocou para Edmundo na área. O camisa 10 custou a bater e desperdiçou a chance. Leandro Amaral, o outro atacante vascaíno, sequer recebeu uma bola em condições de progredir – é bem verdade que pouco se movimentou para ficar livre de marcação.

Se Wagner Diniz e Pablo eram pouco acionados nas laterais e havia buracos na defesa por falha de posicionamento, o Rubro-Negro pernambucano se aproveitava. Só não contava com a lentidão de Leandro Machado para concluir – desperdiçou outra chance, aos 30. Edmundo, pouco inspirado, tentou aos 40, mas bateu torto. Num primeiro tempo em que o nervosismo derrotou a eficiência nos passes e nas poucas conclusões, o placar não poderia ser outro que não o 0 a 0.

Só restou ao técnico Antônio Lopes mexer na equipe. Tirou o meia Alex Teixeira, que decepcionou, para arriscar com mais um atacante, Jean. O time mostrou mais agressividade. Aos 12, um lance polêmico: o árbitro Alício Pena Júnior marcou impedimento de Pablo, que recebeu pela esquerda. Na seqüência, Leandro Amaral cabeceou para as redes, mas o lance já estava anulado. Dois minutos depois, a melhor jogada do Vasco. Madson, que acabara de entrar no lugar de Morais, centrou para Leandro Amaral, que desequilibrado mandou para o gol – Magrão fez boa defesa.

O time percebeu que pelo alto poderia chegar ao gol. E foi o que aconteceu. Aos 19 minutos, Leandro Bomfim cobrou falta na medida para Leandro Machado, de mergulho, mandar para as redes: 1 a 0, explosão em São Januário.

Quando o time partia para tentar marcar o segundo gol, o zagueiro Luizão, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta em Enilton e foi expulso. Com 10 em campo, o Vasco foi mais na disposição. Aos 32, Leandro Amaral, o melhor do time, quase marcou o segundo – a bola foi para fora.

Nos contra-ataques, o Sport tentava surpreender. Aos 40, Enilton chutou, a bola resvalou na zaga e e tocou na trave. Aos 42, em bola alçada na área, quase o Vasco chegou ao segundo gol. A bola pune. Aos 45, Pablo bateu de fora da área, Magrão soltou e Edmundo marcou o segundo gol e levou a partida para os pênaltis.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos