Delegado diz que Albuquerque retirou R$ 685 mil em financiamento fraudulento

Na tarde desta sexta-feira, 20, em depoimento ao delegado Janderlyer Gomes, responsável pelo inquérito da Operação Taturana, o ex-prefeito de Coité do Nóia, Antônio Nunes, confirmou que serviu como ‘laranja’ do deputado estadual Antonio Albuquerque (sem partido) em dois financiamentos que envolveram a quantia de R$ 685 mil no Banco do Nordeste.

O delegado explicou que os financiamentos retirados em 2006 se tratavam de créditos rurais, que deveriam ser aplicados na atividade agrícola, mas foram desviados para a aquisição de bens pessoais, como veículos, e financiamento de campanhas eleitorais no interior do Estado. “Isso é crime contra o Sistema Financeiro Nacional”, afirmou.

“O ex-prefeito fez parte da elaboração do projeto e a análise bancária confirmou que ele recebeu R$ 45 mil do valor financiado. Antônio Nunes também confirmou que as operações eram feitas para o deputado Antonio Albuquerque. Houve fraude na elaboração do projeto e na destinação dos recursos”, acrescentou Janderlyer.

Novos depoimentos

De Brasília, o delegado trouxe um vasto material, mas informou que os peritos pediram um prazo até o dia 4 de julho para entregar todos os laudos periciais referentes à análise de documentos da Operação Taturana. Lá, o delegado ouviu os diretores executivos do Bradesco, André Cano e Luiz Perez.

Segundo Janderlyer, o depoimento dos diretores complicou a situação do superintendente executivo do banco, Renan Mascarenhas, que será indiciado na Operação Taturana. O delegado também ouvirá, por meio de carta precatória o vice-presidente nacional do Bradesco, Norberto Pinto, que reside em São Paulo.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos