Naufrágio nas Filipinas tem 737 desaparecidos

Bullit Marquez/APMoradores tentam percorrer uma rua inundada em Manila, nas Filipinas, após passagem de tufão

Moradores tentam percorrer uma rua inundada em Manila, nas Filipinas, após passagem de tufão

A guarda costeira filipina localizou neste domingo (22) o barco que naufragou com pelo menos 747 passageiros a bordo após a passagem do tufão “Fengshen”. Ele foi encontrado a três quilômetros da costa, virado de cabeça para baixo.

Seis corpos foram encontrados até agora, e há quatro sobreviventes que conseguiram nadar até ilhas próximas.

Segundo um porta-voz da guarda, os desaparecidos devem ter sido levados pela correnteza durante a tempestade. Há a expectativa de que existam mais sobreviventes em ilhas próximas.

"Fui informada de que o barco tem um grande rombo na parte central do casco", disse a prefeita de San Fernando, Nanette Tansingco, a uma rádio local.

"Muitos de nós pularam, as ondas eram muito grandes, e a chuva era forte", disse a uma rádio local um dos sobreviventes, identificado apenas como Jesse. "Houve apenas um anúncio pelo megafone, cerca de 30 minutos antes do barco virar. Imediatamente depois que eu pulei, o navio virou, e as pessoas mais velhas foram deixadas lá."

O ‘Princess of Stars’ afundou no sábado (21), mas a guarda costeira foi incapaz de alcançá-lo por causa do mar agitado e do mau tempo causado pelo tufão. As autoridades haviam perdido contato com a embarcação barco à 0h de sábado, depois que ele havia zarpado da capital, Manila, rumo à ilha de Cebu, a 600 km.

Pelo menos três navios estão participando dos trabalhos de resgate. Na segunda-feira, mergulhadores devem vasculhar o barco, que não tem sinais de vazamento de combustível.

Vários parentes das vítimas, alguns em lágrimas, lotaram o escritório da companhia Sulpicio Lines, dona do barco, na cidade de Cebu em busca de informação. O barco tinha capacidade para 1.900 pessoas.

"Meu pai era um dos passageiros. Até agora as notícias não são boas", disse Lani Dakay. "Meu pai tem 59 anos, eu nem mesmo sei se ele consegue nadar."

Se for confirmada a morte dos desaparecidos, este será o maior desastre marítimo no país desde dezembro de 1987, quando cerca de 4.400 morreram no sul do país depois que um barco chocou-se com um petroleiro.

60 mortos

O tufão já deixou pelo menos 60 mortos e 60 desaparecidos até agora apenas na província de Iloilo, segundo autoridades. A Cruz Vermelha fala em 155 mortos até agora, mas a cifra não foi confirmada pelas autoridades. Em Capiz, mais de 2.000 casas foram destruídas na capital da província.

Com ventos de 120 km/h e seqüências de até 150, a tempestade mudou de trajetória de madrugada e se aproximou de Manila, onde arrancou árvores e causou cortes na energia elétrica em amplas áreas da zona metropolitana. Agora, ela ruma para o noroeste do país e, em seguida, deve partir para Taiwan, onde deve chegar em alguns dias, segundo a meteorologia.

Cerca de 20 tufões atingem as Filipinas a cada ano. Em 2006, quatro tempestades de intensidade incomum alagaram várias regiões de Luzon com enchentes que deixaram mais de 1.300 mortos, quase três milhões de desabrigados e meio milhão de casas destruídas.

Fonte: G1

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