O governador do Estado de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), comentou sobre a situação de crise vivenciada no Departamento de Trânsito do Estado de Alagoas, por conta das greves dos servidores. Os funcionários efetivos do órgão fizeram diversas denuncias de ingerência política e possível interferência de deputados estaduais – entre eles Antônio Albuquerque (sem partido) – no funcionamento do Detran.
Os servidores já procuraram a Polícia Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, onde expuseram que o órgão está cheio de irregularidades, incluindo contratos sem licitações. No entanto, o diretor do Detran, Élcio Tenório, em recente entrevista negou que haja tais irregularidades no departamento. Para Vilela, a greve ganhou um “discurso político” que tem prejudicado a população alagoana.
“Eles nunca me fizeram nenhuma denúncia formal e só agora, quando o Governo expõe que não pode dar o reajuste por eles pretendidos, eles desistem do aumento salarial e descobrem que há irregularidade no órgão? Ora, a greve é política”, colocou o governador do Estado, durante visita a obras na manhã de hoje. Teotonio Vilela ainda afirmou que o Detran vai funcionar “com ou sem greve”. “Tomaremos medidas para que o órgão funcione e não venha a prejudicar a população”, complementou.
Vilela não entrou nos detalhes do conteúdo das denúncias, mas disse que a “moralidade é um imperativo da atual administração”. “Nunca recebi denúncia formal sobre o Detran. A moralidade é uma das prioridades deste Governo. Alagoas é um dos estados mais transparentes da federação. O Governo do Estado não tem tolerância com imoralidades”, disse ainda.
O governador de Alagoas disse que nunca faltou diálogo com os servidores, apenas não se pôde dar o aumento de salário almejado. “O Governo do Estado possui um tripé que é composto pelo diálogo, participação e transparência. Mostramos aos servidores que não poderíamos atender as pretensões”, salientou. O governador disse ainda que a cada hora a greve do Detran “é um por uma coisa”, salientando o fato de os servidores terem desistido do reajuste salarial.
Vilela havia classificado o discurso do sindicato da categoria como um revide à impossibilidade do aumento e por isto classificou a greve como “política”. Quanto à possibilidade de o Detran passar a ser gerido pela pasta da Secretaria de Estado da Defesa Social – que é comandada pelo delegado federal Paulo Rubim – Teotonio Vilela colocou que o Detran já faz parte do organograma administrativo da pasta e que esta trabalha com o órgão em uma “integração perfeita”.
