Mais de R$ 21 milhões. Segundo informações do delegado Janderlyer Gomes, responsável pelo inquérito da Operação Taturana, é este o valor movimentado pelo deputado estadual afastado Cícero Ferro (PMN) em sua conta pessoal, entre os anos de 2001 e 2007. O delegado explicou que o valor preliminar foi fornecido pelos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
Os peritos também informaram que, paralelamente, os chamados ‘laranjas’ do parlamentar teriam movimentado mais R$ 10 milhões. Os laudos conclusivos da movimentação bancária de Ferro, dos deputados Arthur Lyra (PMN) e Cícero Amélio (PMN), além de outros envolvidos na operação devem chegar às mãos do delegado Janderlyer Gomes ainda esta semana.
Na sexta-feira passada, quando divulgou o laudo do ex-deputado Celso Luiz, o delegado adiantou que os peritos do INC já apontavam Cícero Ferro como o maior beneficiário do dinheiro público. Segundo as informações preliminares, a movimentação financeira de Ferro no período supera a do ex-presidente Celso Luiz – que segundo os laudos, movimentou quase R$ 16 milhões em sua conta e R$ 10 milhões em contas de ‘laranjas’.
“Os laudos são bem claros, apresentam dados exatos e materializam o que as interceptações telefônicas já mostravam, mas tudo é muito pior. O que aparece é a ponta do iceberg”, disse o delegado, afirmando que espera concluir o inquérito da Operação Taturana até o final de setembro.
Entre os laudos que já chegaram à sede da Polícia Federal em Alagoas, estão o do deputado afastado Antonio Albuquerque (sem partido), do ex-deputado Gilberto Gonçalves, de funcionários da Assembléia Legislativa e parentes de parlamentares.
