Sessão discute políticas públicas para lésbicas

ALESessão especial foi proposta pelo deputado Paulão

Sessão especial foi proposta pelo deputado Paulão

Para marcar as comemorações do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, nesta sexta-feira (29), a Assembléia Legislativa realizou uma sessão pública, por iniciativa do deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT). O evento, conforme explicação das participantes da sessão, objetiva elaborar políticas públicas para o segmento lésbico e propor mudanças na legislação. Quem integra e participa do movimento, questiona as discriminações a que são submetidas no dia-a-dia.

A presidente da Liga Brasileira de Lésbicas, Ana Pereira, chama a atenção para o que ela considera direitos negados, como união estável e a dificuldade para adoção de menores. “O que a legislação brasileira tem, hoje em dia, é a possibilidade de os homossexuais assinarem um contrato de convivência, que precisa ser renovado todos os anos. Isso não atende às nossas necessidades”, considera ela. A militante vai solicitar ao deputado Paulão o apoio para apresentação de dois projetos de lei de interesse do movimento lésbico.

De acordo com Ana Pereira, são essenciais para o segmento a criminalização da homofobia e o reconhecimento das homoparentalidades. “Com isso, teremos condições de adoção de crianças com mais rapidez e a criminalização da homofobia trará penas para quem a praticar”, justificou Ana.

O deputado Paulão adiantou que irá apresentar uma indicação relacionada a criminalização da homofobia, a qual deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional. “Porque alterações no Código Penal só podem ser feitas com a sanção presidencial, portanto, precisa da tramitação na Câmara e no Senado”, explicou o parlamentar. Em relação a homoparentalidade, o petista afirma que deverá haver, inicialmente, um debate para informar a sociedade sobre a matéria. “Depois, deveremos decidir qual o encaminhamento a ser tomado”, conclui.

Paulão explicou que a iniciativa pela sessão pública é o cumprimento aos princípios de seu partido, que prega a necessidade de discutir a questão da mulher. “Desde quando era vereador tenho na minha assessoria o Marcelo Nascimento, que integra o Grupo Gay de Alagoas e sempre defendi a causa homossexual. Consegui a aprovação e a inclução na Lei Orgânica do Município e na Constituição Estadual do conceito de orientação sexual”, esclareceu.

Enquanto transcorria a sessão pública, grupos religiosos distribuíram com a população panfletos com críticas ao projeto de lei 6418/05, que tramita na Câmara Federal e o projeto de lei complementar 122/06, do Senado, os quais prevêem penas para quem praticar qualquer tipo de discriminação, inclusive com exibição de cartazes.

Fonte: ALE

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