Sem resistência, invasores desocupam Ernesto Maranhão

Sionelly Leite/Alagoas24Horas

Sem nenhum tipo de resistência, os cerca de 500 invasores que ocuparam o Residencial Industrial Ernesto Maranhão, localizado no bairro da Serraria, já iniciaram a desocupação dos imóveis.

A desocupação pacífica teve início na tarde de ontem. Segundo o coronel Wilson, que comanda o efetivo da Polícia Militar no local, uma média de 80 famílias deeixaram o residencial nesta segunda-feira, 8, e cerca de 40 já retiraram seus pertences dos imóveis do Programa de Arrendamento Residencial da Caixa Econômica Federal na manhã de hoje.

“A Caixa está dando todo o suporte e estamos aqui apenas para garantir a reintegração de posse dos imóveis. Estamos com um grande efetivo no local, mas até o momento a reintegração está sendo feita de forma pacífica”, explicou o coronel.

O comando da PM disponibilizou cerca de 600 policias do Batalhão de Operações Policias Especial (Bope), Regimento Montado e de diversos batalhões da capital. Uma parte dos militares estão concentrados em um galpão localizado ao lado do residencial e outra em pontos estratégico no residencial para garantir a ordem pública. Agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal também acompanham a desocupação.

A Caixa Econômica Federal disponibilizou 21 caminhões para fazer o traslado dos móveis dos ocupantes. Para um dos ocupantes do Ernesto Maranhão, identificado como Emerson, o clima é de tristeza no residencial, uma vez que os ocupantes esperavam conseguir o direito de morar no local.

“Não estamos sendo retirados à força, mas estamos tristes porque queremos um lugar para morar. Vários movimentos sindicalistas nos apoiaram e incentivaram a ocupação do residencial e agora nenhum deles veio aqui nos apoiar”, desabafa.

O clima no local é de tranqüilidade e o coronel responsável pela operação acredita que a desocupação venha se estender até esta quarta-feira, 10. “Representantes do Centro de Gerenciamento de Crises estão acompanhando a desocupação junto com o oficial de Justiça. Permaneceremos aqui até que todo o residencial seja desocupado e o oficial de Justiça entregue o imóvel à Caixa”, completou coronel Wilson.