Polícia suspeita que assassino de comerciária não agiu sozinho

O delegado Robervaldo Davino, do 4º Distrito Policial da Capital, informou nesta terça-feira (23) que vai investigar a possível participação de um segundo, ou mais envolvidos na morte da comerciaria Ana Maria de Lima, 26 anos.

O aposentado Argemiro Alves de Lima, 61, ex-marido da vítima, confessou a autoria do crime durante depoimento prestado ontem, na presença do promotor Luiz Vasconcelos. Mas, o delegado suspeita que ele pode não ter agido sozinho.

A versão de Argemiro Alves é de que assassinou a comerciaria a marteladas e golpes de faca, na segunda sala da casa onde morava, na rua Pau Brasil, no bairro Chã da Jaqueira. Em seguida, teria arrastado o corpo para a primeira sala e, depois, enterrado na varanda coberta da residência.

Robervaldo Davino explica que Argemiro Alves, ex-eletricista da Chesf, é aposentado por invalidez por causa de um problema no braço. “Além disso, ele é franzino e seria improvável ter enterrado o corpo sozinho”, acrescentou o delegado.

O corpo de Ana Maria, que estava desaparecida desde o dia 12 de setembro, foi desenterrado nesta terça-feira. O cadáver estava enrolado em um lençol (cor escura) e preso por fitas adesivas. Para não ser descoberto, o criminoso cobriu o local com uma laje de concreto.

A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) confirmou que a vítima não foi esquartejada.

“Agora vamos requerer os laudos periciais e médico-legais para confirmar a versão dada pelo acusado”, adiantou o delegado.

De acordo com Argemiro, o martelo usado no crime foi jogado em um contêiner de lixo e a faca foi encontrada na casa.

O acusado confessou ter assassinado a ex-mulher por causa de ciúmes. Ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada pelo juiz Geraldo Amorim, mas o delegado Davino informou que vai solicitar a decretação de sua prisão preventiva.

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