Jarbas de Souza, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários
Um grupo de agentes penitenciários realiza um protesto pacífico na tarde desta quinta-feira, 25, em frente ao prédio da Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), no Centro de Maceió, com o objetivo de chamar a atenção do Poder Legislativo para as reivindicações da categoria, em greve há cerca de 20 dias.
Uma comissão de agentes está reunida com parlamentares buscando de abrir um canal de discussão com o Governo e apresentar as reivindicações, entre elas a desmilitarização dos presídios.
“Queremos discutir com os deputados e com o presidente da Assembléia porque o Executivo não discute conosco, só nos ameaça, inclusive com demissão”, disse Jarbas de Souza, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Alagoas, acrescentando que o estágio probatório não impede o direito constitucional a greve. “O Governo está blefando, por que nos demitir é ilegal. É mais barato negociar com a gente”.
Souza rebateu ainda a informação do Governo de que não pode implantar o reajuste em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Há incoerência nas contas do Governo. A implantação do nosso reajuste representa um impacto de cerca de R$ 280 mil na folha, enquanto que a contratação de mil policiais militares para exercer nosso serviço custaria R$ 1 milhão e 600 mil aos cofres públicos. Não somos contra a contratação da reserva técnica da PM. A sociedade precisa desse efetivo, mas para trabalhar como militar e não no nosso lugar”, frisou.
O presidente do Sindicato concluiu dizendo que os agentes liberaram as visitas aos presos em todo o Sistema Prisional no dia de hoje e que o clima está tranqüilo no local, só ficando tenso quando a PM chega.
