Obras aquecem mercado de trabalho de AL

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Se há um setor da economia alagoana que vai de vento em popa é o da Construção Civil. Seguindo a tendência nacional, o mercado anda aquecido por causa das obras de infra-estrutura promovidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, pelo aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades oferecidas para o financiamento da casa-própria.

“Este ano o mercado de construção alagoano deve movimentar algo em torno de meio bilhão de reais. E as perspectivas para o ano de 2009 são melhores ainda, pois devemos dobrar o nosso faturamento”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Alagoas (Sinduscon), Marcos Antônio Buarque de Holanda.

De acordo com Holanda, depois de ano sem muito incentivo, os bancos passaram a financiar as obras de incorporação com juros mais amigáveis. “Além de a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e os bancos privados também começaram a oferecer crédito para as empreiteiras, o que vem conferindo mais velocidade no período de construção”, conta.

O presidente do Sinduscon aponta que em Alagoas, além das obras públicas, que devem aumentar depois das eleições municipais, os investimentos os privados também têm contribuído para aumentar a demanda do setor.

“Alagoas é a bola da vez no mundo dos negócios. Há 29 novos hotéis a serem construídos nos próximos dois anos e 12 novas indústrias. E todos esses investimentos vão se converter em canteiros de obras no curto e médio prazo”, assinala, mencionando que os empresários da construção estão otimistas.

“Mão-de-obra capacitada também está em falta”, diz Holanda. “Muitos profissionais como engenheiros civis e mestres-de-obra estão sendo disputados pelas empresas. Alguns deles estão sendo contratados inclusive por empresas de outros estados vizinhos, entre eles Pernambuco e Sergipe”, afirma.

Para contornar o problema, Holanda conta que a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Renda, em parceria com o Senai, assinaram recentemente um convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego para capacitar beneficiários do Bolsa Família para atuar na construção civil.

“Alagoas recebeu R$ 500 mil para capacitar um grupo de beneficiários preparar essa mão-de-obra. Pelo projeto já foram capacitadas 27 mulheres que estão prontas para atuar no setor. Cerca de 30% das bolsas de capacitação estão reservadas para o público feminino”, frisa.

Segundo o presidente do Sinduscon, a construção civil de Alagoas é formada por 120 construtoras que juntas geram cerca de 15 mil empregos diretos — com a perspectiva de aumentar o número de contratações em 25% só este ano. A maioria dessas empresas é de pequeno e médio porte. Atualmente grandes construtoras de outros estados decidiram apostar no mercado local, entre elas a paulistana Gafisa, a sergipana Norcon e a pernambucana Moura Dubeux. “Essa expansão para o Estado é uma demonstração clara da boa fase que estamos vivendo”, ressalta.

O lado preocupante de todo essa agitação no mercado, segundo Holanda, é que o preço do material de construção está em alta, graças ao aumento da procura. “O aço já subiu 47%, no período de entre janeiro e julho deste ano. Além disso, o saco de cimento — que antes custava R$ 15 — já está sendo vendido por R$ 17”, contabiliza. “Além disso, alguns equipamentos pesados, que costumam ser locados pelas construtoras, andam rareando no mercado como as pás carregadoras e as retro escavadeiras”, destaca.

Fonte: Assessorias

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