Após prestar depoimento ao delegado Janderlyer Gomes, na Superintendência da Polícia Federal, o deputado estadual Temóteo Correia (DEM) foi indiciado no inquérito da Operação Taturana na tarde desta sexta-feira, 26, coincidentemente, dia do aniversário do parlamentar.
Ao deixar a sala de depoimentos, Temóteo falou com a imprensa e se disse injustiçado com o indiciamento. “Ser indiciado em uma operação do porte da Taturana é como uma condenação para nós que vivemos na vida pública. Estou triste com esse indiciamento, mas vou provar minha inocência na justiça”, desabafou o deputado.
Correia explicou que o motivo de seu indiciamento foi uma parceria política feita com o então presidente da ALE, Celso Luiz, em 2004. Segundo o deputado, Celso Luiz depositou dois cheques – no valor de R$ 15 mil cada – em sua conta, oriundos da conta pessoal dele.
“Em 2004 eu apoiei uma candidata em Anadia, Sâmea Tereza, ligada ao Celso Luiz e custeei algumas despesas da campanha, que foram ressarcidas pelo ex-presidente da ALE. Eu cobri as despesas e ele me ressarciu com valores repassados de sua conta pessoal, mas eu não perguntei onde ele arranjou o dinheiro, claro”, argumentou o deputado.
Empréstimo
Com relação a um empréstimo que contraiu em 2004, no valor de R$ 20 mil, Temóteo disse que mostrou ao delegado – por meio de documentos do Banco Rural que ele também apresentou a imprensa – que o empréstimo foi integralmente quitado com recursos próprios.
O deputado também mostrou aos jornalistas um outro documento, que revela a devolução de uma verba recebida por ele no valor de R$ 22.284 aos cofres da ALE.
“Essa é a maior prova de idoneidade do deputado Temóteo Correia. O documento mostra que ele mandou sustar o cheque porque era um pagamento indevido”, disse o advogado do parlamentar, Joanísio Omena.
“Muita gente sabe do meu procedimento político dentro da legalidade. O importante é é a minha consciência de que estou trabalhando com boa fé”, finalizou Temóteo.
Segundo o delegado, Temóteo Correia foi indiciado pelos crimes de peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.