Rio Branco 2 x 3 Águia

Rio Branco, AC, 16 (AFI) – O Rio Branco desperdiçou a sua primeira vitória no Octogonal Final do Campeonato Brasileiro da Série C. Pior do que isso, permitiu uma virada incrível do Águia, de Marabá-PA, por 3 a 2, nos últimos minutos de jogo, nesta quinta-feira à noite, dentro da Arena da Floresta, pela quarta rodada. Não há dúvida de que faltou gás (praparo físico) ao Rio Branco, mesmo porque o Águia esteva com um jogador a menos durante todo o segundo tempo.

O gol do empate do time visitante saiu aos 45 minutos do segundo tempo, numa cobrança de pênalti e o da vitória, aos 47 minutos, com o esperto Ciro, que também entrou nos últimos minutos.
Melhor tecnicamente, o Estrelão, como é conhecido, poderia ter uma vitória mais tranqüila, porque dominou o primeiro tempo e depois cedeu espaço ao adversário. Ousado, o Águia foi para cima e virou o placar.

Pontuação e Tribunal
Os dois times, agora, têm quatro pontos cada, mas o Rio Branco ocupa a sexta posição, enquanto o Águia está em oitavo. A diferença está no saldo de gols: -3 a -4. Mas, nesta sexta-feira, o time acreano espera ganhar dois pontos nos tribunais.

Será apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Rio de Janeiro o “cai-cai” provocado pelo Duque de Caxias, na segunda rodada, na cidade de Rio Branco. O Estrelão pode ganhar dois pontos, além do já conquistado no empate por 2 a 2, em jogo paralisado aos 37 minutos do segundo tempo.

Unidos à vitória
Atendendo o pedido da diretoria, feito durante a semana, os jogadores do Estrelão colocaram o coração no bico das chuteiras. Empurrado por sua torcida dentro da Arena da Floresta, o time foi para cima do visitante. Mostrou vontade, velocidade e dominou as ações em campo.

Por alguns momentos, porém, o time deixou a torcida preocupada, porque as chances foram surgindo o e gol não saia. As melhores oportunidades saíram nos pés de Testinha, que livre na frente do goleiro, chutou perto da trave. Na outra chance, Rossini empurrava a bola para os gols, mas um zagueiro adversário apareceu com seu pé salvador.

Os gols na hora certa
Mas tudo deu certo nos minutos finais. Aos 38 minutos saiu o primeiro gol. Testinha ameaçou bater a falta direto, mas fez a assistência para o zagueiro Rodrigo, do outro lado, que apareceu livre na frente do zagueiro. Ele deu um “tapa” na bola, fora do alcance do goleiro Diego. Um belo gol.

A torcida ainda festejava, quando surgiu o segundo gol. Marcelo Pinheiro começou e terminou a jogada. Ele pegou a bola no meio-campo, carregou e tabelou com Testinha, para depois receber na frente. Após a infiltração, Pinheiro bateu cruzado, sem chances para Diego. Aos 46 minutos, o violento volante Lê acabou expulso ao cometer falta sobre Rossini e receber o segundo amarelo – que vale o vermelho.

Recuo exagerado
O segundo tempo começou diferente. Houve um recuo natural e até demasiado do time acreano, mesmo tendo um jogador a mais do que o adversário. Na base do tudo ou nada o time paraense diminuiu o placar aos 11 minutos.

Soares fez a inversão de jogo para Gustavo, nas costas do “cansado” Ivan. Depois disso saiu o cruzamento perfeito para o grandalhão Felipe Mamão que dividiu com Rossini, ganhou a jogada e testou firme. O goleiro Ronaldo ainda tocou na bola, mas não impediu o gol.

O técnico Pedrinho Rocha tentou acertar o time, com dois novos jogadores. Eleilson e Rossini, ambos amarelados, deixaram o campo para as entradas, respectivamente, de Marquinhos e Mossoró. As toras foram também para evitar uma expulsão e para manter a vantagem numérica em campo.

Aperto no final
A melhor chance do Águia empatar esteve nos pés de Aleilson, que apareceu livre na frente de Ronaldo e tocou para fora. Outra vez ele aproveitou a falha na marcação de Ivan. Com Doca no lugar de Juliano César, o Rio Branco tentou equilibrar as ações. O objetivo era recuperar a marcação e tentar explorar os contra-ataques, uma vez que o Águia continuava no ataque.

A partir dos 20 minutos, a esperada chuva também passou a atrapalhar. A torcida ficou aflita nas arquibancadas do moderno Arena da Floresta e não acreditou quando Felipe Mamão perdeu outra chance incrível. Sendo apertado em seu campo, o melhor para o Estrelão era mesmo segurar o resultado.

Expulsões e chances
E a situação piorou aos 28 minutos, quando o meia Testinha foi expulso ao revidar uma falta do zagueiro Adriano, também expulso pela falta. Se Testinha não tivesse revidado, não seria expulso e não seria desfalque em Campinas, domingo, contra o Guarani.

O Águia trocou seus dois atacantes, com as entradas de Ciro e Peri. E Peri, aos 31 minutos, perdeu outro gol feito, desperdiçando a chance do empate após receber passe açucarado de Ciro.

Mas faltou força física, o time pecou na marcação e encontrou um adversa´rio valente, que fez dois gols no final. Aos 45 minutos, Ciro foi derrubado na área: pênalti. Soares cobrou forte e empatou. Em seguida, num contra-ataque, Ciro apareceu na frente do goleiro e fez o gol da vitória.

Próximos jogos
No domingo, pela quinta rodada o Rio Branco vai enfrentar o Guarani, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. Não vai tes Testinha, expulso, e Ley, amarelado com o terceiro cartão. Por outro lado, o Águia vai pegar o Brasil, no Estádio Mangueirão, em Belém, capital paraense, onde o time de Marabá manda seus jogos.

Ficha Técnica

Rio Branco 2 x 3 Águia

Local: Estádio Arena da Floresta, em Rio Branco-AC
Data: 16/10/08
Renda: R$ 79.330,00
Público: 5.840 pagantes (2.033 “promocionais” e total de 7.881)
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho – DF
Cartões amarelos: Eleilson, Rossini, Testinha, Doca, Ley e Marcelo Pinheiro (Rio Branco). Lê, Magrão, Darlan e Adriano (Águia).
Cartão vermelho: Lê e Adriano (Águia). Testinha (Rio Branco)
Gols: Rodrigo 38’/1T e Marcelo Pinheiro 44’/1T (Rio Branco). Felipe Mamão 11’/2T e Soares 45’/2T (pênalti) e Ciro 47’/2T – (Águia).

Rio Branco
Ronaldo; Ley, Rodrigo, Eleilson (Marquinhos) e Ivan; Zé Marco, Marcelo Pinheiro, Rossini (Mossoró) e Testinha; Juliano César (Doca) e Marcelo Brás.
Técnico: Pedrinho Rocha

Águia
Diego; Magrão, Adriano e Darlan; Gustavo, Lê, Analdo, Soares e Marcondes; Felipe Mamão (Peri) e Aleílson (Ciro).
Técnico: João Galvão

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