Voto nulo: Augusto Farias volta a questionar prisão do irmão

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A prisão do prefeito reeleito de Porto de Pedras, Rogério Farias, que foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de formação de quadrilha, compra de votos e falsificação de documentos para fins eleitorais, voltou a ser questionada, desta vez durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 27, pelo deputado federal e irmão de Rogério, Augusto Farias.

Augusto Farias disse que seu irmão está sendo mantido em ‘confinamento’ e que não teria tido direito ao contraditório. O deputado federal questionou, ainda, a decretação da prisão preventiva de Rogério, uma vez que ele não teria criado obstáculos para a apuração dos fatos. Segundo Augusto, a prisão de Rogério se dá porque o mesmo é irmão de Paulo César Farias. Para dar sustentação a esta afirmação, o deputado citou outros candidatos cujos cabos eleitorais foram presos em flagrante e que não tiveram a prisão decretada.

Farias disse apoiar o trabalho realizado pela Polícia Federal, Tribunal Regional Eleitoral, OAB no combate à corrupção no Estado, mas disse estranhar que as pessoas indiciadas acusadas de roubo durante a Operação Taturana não tiveram a prisão preventiva decretada, diferentemente do que acontece com o seu irmão Rogério.

Augusto Farias defendeu a apuração rigorosa das acusações que pesam contra o seu irmão, mas exigiu que ele (Rogério) tenha direito à defesa ampla, conforme prevê a legislação. Farias ainda acusou o delegado federal Janderlyer Gomes – que preside o inquérito que apura compra de votos em Porto de Pedras – de pautar as investigações a partir de denúncias dos adversários políticos de Rogério e com isto, ‘induzir’ o TRE a acatar o pedido de prisão preventiva.

O deputado também teceu críticas ao corregedor eleitoral de Alagoas, juiz federal André Granja. Segundo Farias, Granja estaria “agindo na contramão do que pregava seu pai”. Acompanhado do advogado José Fragoso – que recentemente acusou Janderlyer Gomes de dificultar o processo de defesa – Augusto Farias acusou a Polícia Federal, na pessoa de Gomes, de cometer tortura psicológica durante os interrogatórios.

O Alagoas24horas tentou entrar em contato com o delegado Janderlyer Gomes, mas não obteve êxito.

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