Polícia de PE confirma crime do pai de Eloá

Do JC OnLine
Com informações do Jornal do Commercio

A Polícia Civil de Pernambuco já tem informações que comprovariam a participação do ex-cabo da Polícia Militar alagoana, Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, em pelo menos um homicídio no município de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado.

Eloá foi morta pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, 22, após 100 horas de cárcere privado em Santo André (SP), no último mês. Everaldo foi identificado por autoridades alagoanas três dias após o fim trágico do seqüestro de Eloá. O reconhecimento só foi possível após a divulgação das imagens dele sendo resgatado por uma viatura do Samu.

Segundo o diretor de Polícia Judiciária de Pernambuco, Osvaldo Morais, as informações foram confirmadas pelo delegado de Palmares, Jandir Carneiro Leão. Os detalhes do caso em que Everaldo teria participação só serão divulgados pela polícia na segunda-feira (03).

Na última quarta-feira (29), o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, veio ao Recife para entregar à polícia pernambucana o pedido de informações sobre inquéritos ou mandados de prisão preventiva no Estado contra Everaldo, no período entre 1987 e 1993, nos municípios de Palmares e Água Preta.

Em Alagoas, a falta de juízes vai atrasar o julgamento de Everaldo no processo em que é acusado de matar o pernambucano Celso José Dias, em 1990, na cidade de Novo Lino (AL), na divisa com Pernambuco. Esse é um dos quatro processos nos quais o ex-militar aguarda julgamento no Estado.

O processo que investiga a morte de Dias segue suspenso à espera da apreciação de um juiz. Os três réus ainda não foram intimados, diferentemente do caso da morte do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa, e de seu motorista, Antenor Carlota, que também teriam sido mortos por Everaldo. A intimação foi publicada no Diário Oficial de Alagoas da última quinta-feira (30), dando prazo de 15 dias para Everaldo se entregar à Polícia. Caso contrário, ele será julgado à revelia.

De acordo com o promotor Jorge Luís Bezerra, a cidade de Novo Lino está sem um magistrado titular há anos. O juiz-substituto designado para o município, Mauro Brandini, ainda não teve acesso ao processo, e só deverá apreciar os casos na outra semana.

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