Os proprietários de Centro de Formação de Condutores estão divididos sobre cumprir ou não a portaria do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran-AL) que determina a redução do valor da Primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir desta segunda-feira, 10. Muitos donos de CFCs contabilizam os prejuízos com a redução de 22% e ameaçam descumprir a determinação para não decretar falência. A decisão esbarra na ameaça de descredenciamento por parte do diretor-presidente do Detran.
Para o Sindicato do Centro de Formação de Condutores, a falência é uma ameaça constante, tanto para quem for descredenciado por descumprir a portaria, quanto para quem insistir em manter a escola com o valor estabelecido pelo Detran. A alternativa apontada pela categoria é tentar renegociar com Antônio Sapucaia.
“O Detran não precisava nem ter publicado portaria sobre o descumprimento dos novos valores, porque as auto-escolas vão fechar do mesmo jeito. Queremos saber que classes serão beneficiadas com essa redução no valor. Se querem falar em filantropia, podemos dar aulas gratuitamente, contanto que o Detran também não cobre nada”, disse o presidente do Sindicato, João Batista, acrescentando que está disposto a viajar até Brasília para falar com o Ministro da Justiça.
Os proprietários se reuniram na tarde de hoje no Sindicato para discutir alternativas de resolução do problema, entretanto, só restou como alternativa reiniciar as negociações com o Detran para tentar um retrocesso. “Temos uma das gasolinas mais caras do país, investimos em carros novos, pagamento de funcionários em dia e o retorno é redução nos valores cobrados, para nós é falência. Não compensa ter o negócio”, disseram.
