‘Não podemos culpar a PM’

Nicollas Albuquerque/Ascom PMComandante do CPC, coronel Luciano Silva, rebate críticas à atuação da Polícia Militar

Comandante do CPC, coronel Luciano Silva, rebate críticas à atuação da Polícia Militar

Na última quarta-feira (12) estudantes e universitários de escolas e faculdades do Farol ficaram preocupados com a segurança no local. Uma jovem de 19 anos, aluna do Curso de Odontologia do Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC), foi estuprada após largar da faculdade.

Mais uma vez a Polícia Militar não escapou das criticas. A população reclama da falta de rondas mais constantes e da instalação de um PM BOX no Farol. Mas, segundo o comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), coronel Luciano Silva, a culpa não é da PM. "Claro que a Polícia Militar tem o dever de proteger o cidadão e cuidar para que a sua integridade física seja preservada. Porém, a população deve entender que nos esforçamos ao máximo para impedir qualquer tipo de delito, apesar das dificuldades", explica o coronel quanto os problemas com a falta de efetivo e de mais viaturas.

Atualmente a PM conta com um efetivo com 8.060 policiais, sendo 3.324 na capital e Grande Maceió (Rio Largo, Messias, Satuba, Pilar, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel e Paripueira) e 2.995 no interior do Estado. A outra parte do efetivo se encontra nas assessorias militares (e que é previsto em lei), em setores administrativos, sob licença ou em férias. O último concurso para a PMAL foi no ano de 2006, quando 953 policiais militares ingressaram na corporação. Estudos relatam que a PM trabalha com apenas 50% do efetivo necessário para cobrir todo o Estado. Ou seja, o efetivo ideal da PM é cerca de 16 mil.

Quanto ao caso do estupro ocorrido na última quarta-feira, o coronel lembrou que as rondas acontecem, mas, há casos em que as viaturas se deslocam para outros locais para atender ocorrências. "A PM trabalha com estatísticas. Como não temos condições de ocupar todos os lugares ao mesmo tempo focamos o policiamento nos locais onde são registrados os maiores índices de violência. No Farol, iremos intensificar as rondas, principalmente pela noite", acrescentou.

"Sabemos que o Governo tem se esforçado para reestruturar as polícias. Mas ainda falta muita coisa até chegar num patamar aceitável. Por enquanto os nossos policiais terão que trabalhar com muita criatividade e dedicação", destacou ainda o comandante do CPC. Neste ano a Polícia Militar de Alagoas recebeu 52 novas viaturas, a Polícia Civil mais outras 31 o Instituto de Criminalística três viaturas. Somente neste ano, a PM apreendeu 662 armas e efetuou 2 mil e 341 prisões, resultados que mostram a atuação efetiva da corporação no combate a criminalidade. No ano passado, de janeiro a dezembro foram 575 armas apreendidas e 1.702 pessoas presas.

Ainda, segundo Luciano Silva, as faculdades devem também fazer a sua parte e colocar câmeras de monitoramento externas, estacionamento com segurança e segurança privada nas imediações, como acontece em faculdades de outros Estados e também na Universidade Federal de Alagoas. "Não se trata de transferir obrigações, e sim de agir de forma participativa por meio de parcerias com os órgãos públicos, uma vez que a segurança ainda necessita de mais melhorias. As câmeras podem inibir a presença de criminosos e ajudar na resolução de casos que podem levar a captura deles".

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