O próximo dia 22 de novembro será de ação em defesa dos mananciais que dão sustendo a milhares de pescadores em todo País. O Dia Nacional de Luta do Pescador e da Pescadora é um ato articulado nos estados brasileiros que visa lembrar a importância de manter rios, lagoas e o mar ambientalmente saudáveis, não só para dar condições de a sustentabilidade da atividade pesqueira, mas para garantir a preservação dos variados ecossistemas.
Em Alagoas, um ato público será realizado pela Federação dos Pescadores no dia 24, a partir das 8h30 da manhã, no Dique Estrada. Será a oportunidade de homens e mulheres que tiram o sustento diário do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (Celmm) chamarem a atenção da população para a degradação que tem ameaçado a pesca e a vida das comunidades que vivem na região.
“Este será o nosso momento de denunciar, de mostrar as condições em que as lagoas estão. É daqui que tiramos nosso sustento e o que vejo são os pescadores dizendo que jogam a rede e, ao invés de tirar peixe, só tira entulho”, lamentou o presidente da Federação dos Pescadores Antônio Gomes dos Santos.
Neste contexto, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) dará não só apoio, mas participará ativamente da ação, segundo adiantou o diretor-presidente Adriano Augusto de Araújo Jorge. “É de total interesse para nós participar desta e de outras ações que promovam educação ambiental, principalmente se envolve o complexo estuarino”, afirmou, lembrando que em recente ação de monitoramento o Instituto flagrou vários pontos de emissão de esgoto no Celmm, o que tem contribuído de forma sistemática para a degradação do manancial.
Por isso, garantiu Adriano Augusto, o IMA dará todo apoio logístico à ação da Federação dos Pescadores e ainda participará com a equipe de Educação Ambiental, que enviará técnicos para desenvolver atividades educativas com as crianças da comunidade. “É salutar e de vital importância envolvermos as crianças no processo de proteção e preservação do meio ambiente. Primeiro porque elas são multiplicadoras dos aprendizados e também porque futuramente serão elas as responsáveis pela manutenção dos ambientes naturais”, concluiu o presidente.
