Bilionário é seqüestrado depois de morto

Até sua morte, em 2006, o bilionário alemão Friedrich Karl Flick viveu apavorado com a possibilidade de ser seqüestrado. Flick deixou este mundo aos 79 anos, depois de longa doença, sem que seus guarda-costas jamais tivessem falhado. O temor que em vida pode não ter passado de uma dita "paranóia", no pós-morte virou o que talvez será o caso mais bizarro de seqüestro da Europa: dois anos depois de enterrado, Flick foi misteriosamente levado do mausoléu da família, na Caríntia, Áustria.

A polícia local não tem nenhuma pista dos autores do "seqüestro", mas suspeita que o furto dos restos mortais do bilionário seja uma tentativa de extorsão aos Flick, nome associado ao passado nazista da Alemanha e a escândalos da política interna. É corrente que sua fortuna foi também construída com o trabalho forçado dos prisioneiros dos campos de concentração, a cujos herdeiros a família se recusou a pagar indenizações. Ao morrer, FKF, como era chamado, deixou entre 5 e 6 bilhões de euros, divididos igualmente entre seus quatro filhos – e a viúva, 37 anos mais jovem.

Um mínimo de seis homens e um caminhão estariam envolvidos na empreitada que envolveu a remoção de mais de 100 kg, ainda segundo a polícia. A ação foi rápida e deixou poucos vestígios: alguns arranhões e a quebra de um dos cantos da pedra funerária. Ao encomendar a troca desta, a família acabou chegando ao desaparecimento dos restos do morto. O encarregado da substituição foi surpreendido com o vazio da tumba, que, também pelas contas da polícia, teria sido arrombada no fim de semana passado. Na Áustria, incomodar a paz dos mortos pode levar a entre seis meses e cinco anos de prisão.

Fonte: Terra

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