Rio – Era tudo que o Flamengo não precisava nesta altura do campeonato. O goleiro Bruno revelou nesta sexta-feira que foi multado pela diretoria do clube por ter se negado a fazer refeições no hotel em que os jogadores ficam concentrados.
O atleta ficou muito irritado e deu declarações polêmicas durante o treinamento, deixando um clima tenso na Gávea. Ele admitiu que errou ao não cumprir o cronograma junto aos demais jogadores, mas fez duras críticas à diretoria e disse que tem X-9 no grupo.
"O grupo não anda lá essas coisas. Algum X-9 dedurou. Isso não é um grupo, não pode vazar. Tem alguma coisa errada, como o Juan já falou. Cinco jogadores titulares reclamaram comigo. Mas em momento algum eu deixei de me concentrar ou de faltar ao treino. Sou o primeiro a chegar e o último a sair. Essas coisas acontecem, às vezes, mas eu não falo para ninguém. Fui multado e aceitei. Não vou reclamar. Pagarei numa boa. Mas o que eu não aceito é jogador dedurar", disse o goleiro após o treino, em entrevista à "Rádio Brasil".
Bruno afirmou que a decisão de os jogadores de se alimentarem na concentração foi tomada depois que o técnico Caio Junior foi questionado do porquê de o time do São Paulo treinar em tempo integral e o Flamengo em um período. Bruno lamentou que a estrutura do Flamengo não seja igual a do time paulista, e disse que os jogadores é que são prejudicados.
"Não foi culpa nem do Caio, nem dos jogadores. Foi dito para nós que não haveria mais trabalho em dois períodos. Aí depois, numa entrevista, o Caio foi cobrado. Mas acontece que no São Paulo há estrutura, há lugar para dormir, almoçar. Não é como aqui, que a gente tem que pegar trânsito, se estressar e demorar 40 minutos para chegar em um local. O jogador não descansa. Dorme meia hora e fica com sono no treino", disparou.
O capitão Fábio Luciano e o técnico Caio Junior colocaram panos quentes e minimizaram as declarações do goleiro. Segundo o capitão, tudo foi resolvido e o ambiente continua bom. Caio Júnior lamentou que os problemas que acontecem no Flamengo tenham que se tornar públicos.
O DIA-RJ
