Os desdobramentos da Operação Taturana

No ritmo das mudanças que começaram a abalar os alicerces da política alagoana no final de 2007, com a Operação Taturana, foi no ano de 2008 que a operação deflagrada pela Polícia Federal teve seus desdobramentos.

No inquérito da operação que apurou o desvio de cerca de R$ 300 milhões dos cofres da Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), foram ouvidas cerca de 400 pessoas e indiciadas 110, entre elas 16 deputados estaduais, dez ex-deputados, dois prefeitos, um vereador por Maceió, secretários municipais, assessores parlamentares, familiares dos envolvidos e empresários. O inquérito foi entregue ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 14 de novembro.

Na coletiva onde o resultado do inquérito foi apresentado, o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, resumiu em uma frase o espírito da coisa: “As pessoas roubaram e roubaram descaradamente”, desabafou.

Desdobramentos

Pela primeira vez na história do parlamento alagoano, dez deputados foram afastados do cargo por decisão judicial, com suplentes assumindo as vagas, e o presidente da Casa de Tavares Bastos, Antonio Albuquerque, foi destituído do cargo por seus pares.

Assumindo a presidência a Casa – primeiro interinamente – e depois em uma eleição que ainda está sendo questionada na justiça – o deputado Fernando Toledo (PSDB) enfrentou, além das turbulências naturais causadas pelas mudanças, uma greve dos servidores do Poder Legislativo, que chegaram a impedir a realização de sessões na Casa.

A mais recente ‘saia-justa’ enfrentada por Toledo foi a entrega da Comenda Tobias Granja ao desembargador aposentado Antônio Sapucaia, no dia 11 de dezembro. Segundo o deputado Dino Filho (PTdoB), os deputados afastados tentaram até o último momento impedir a homenagem ao atual diretor-presidente do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) e responsável pelo afastamento dos parlamentares.

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