O secretário de Tecnologia do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Daniel Macedo, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista ao Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta, que não houve fraude nas eleições de 2006 para governador em Alagoas, mas algumas falhas que foram reconhecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para ele, mais uma vez será comprovado que o sistema brasileiro de votação é seguro e culminará com o aperfeiçoamento do mesmo. Daniel Macedo explicou que o laudo apresentado pelo professor Clóvis Torres Fernandes não é do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA). "A convite do TSE, técnicos da Unicamp e do ITA virão a Alagoas para avaliar as urnas eletrônicas utilizadas no último pleito", frisou.
O secretário de Tecnologia do TRE afirmou que a Justiça Eleitoral reconhece algumas falhas nos arquivos de log (espécie de caixa-preta das urnas). "Todos os sistemas, incluindo a assinatura digital foram compartilhados entre a Justiça Eleitoral, Ministério Público, OAB e os partidos políticos PT e PDT, que assinaram em conjunto e atestaram a lisura do processo", destacou.
Ele afirmou ainda que após o primeiro turno, peritos contratados analisaram todos os computadores responsáveis pela preparação das urnas e totalização dos votos, conferindo que os sistemas utilizados foram exatamente iguais aos homologados pelo TSE. "Também escolheram mais de 100 urnas de diversos pontos do Estado e fizeram perícia com sistema próprio, e são exatamente os mesmos homologados", enfatizou.
Sobre a existência de 22.562 eleitores a menos num universo de 1.514.113 eleitores, Daniel Macedo disse que o laudo técnico verificou que houve defeito no gravador de disquete e não foi lido nem o boletim de urna e o arquivo de log. "Só que a urna imprimiu também o boletim e o juiz eleitoral assume o procedimento de contingência normatizado, conhecido como voto contado. O voto é transmitido ao tribunal, mas não a operação de votar", explicou.
