Público e privado

Questiona-se com freqüência a diferença existente entre a forma de administração no serviço público e na iniciativa privada. Ao meu ver, a diferença está no fato de que a empresa pública não visa o lucro, enquanto a privada tem no lucro o seu objetivo final.

Além disso, a burocracia no serviço público, em geral, é maior, pois existem leis rígidas que disciplinam a compra de bens ou serviços. Já na iniciativa privada procede-se à aquisição com maior facilidade.

Apesar disso, não se justifica a lentidão de procedimentos verificada em muitos órgãos públicos, ocasionada por desorganização, falta de determinação, de planejamento, de controle, capacidade gerencial, comprometimento, e, sobretudo, liderança. No restante, em ambos os casos, a forma de gestão do público e do privado não deve ser diferente. Tanto no órgão público como na iniciativa privada a eficiência e a eficácia deveriam estar presentes.

É preciso ter transparência nas ações, desenvolver procedimentos padronizados, racionalizar despesas, ter um sistema de qualidade e produtividade que meça o desempenho da empresa, entender que o maior patrimônio que uma organização tem não são seus bens materiais, suas propriedades, seus equipamentos, mas sim, o elemento humano. São as pessoas que detêm a cultura da empresa, o modo de agir, executam as tarefas. Elas precisam ser motivadas, valorizadas, melhorar suas competências duráveis (posturas, atitudes) e terem uma postura proativa, empreendedora (procurar fazer sempre algo a mais).

Para que isso possa ser colocado em prática, se faz necessário preparar líderes que vão provocar uma mudança gradual na cultura da empresa e das pessoas.

Investir em novas tecnologias, em processos de aprendizagem contínua através de cursos, palestras, treinamentos, é uma decisão estratégica para permitir um ambiente organizacional atualizado, mais jovial, descontraído e produtivo.

No caso de Alagoas é preciso definir um caminho de desenvolvimento econômico e social para toda a sociedade. Hoje, as cidades, os estados e os países estão em constante competição uns com os outros, e num ambiente de alta competitividade, o tempo perdido é fatal.

A classe política e a sociedade alagoana precisam discutir caminhos e as prioridades, que deverão ser postas em prática a partir de agora. A operacionalização de planos e programas depende e muito da presença de gestores profissionais, que dominem novas ferramentas e tenham foco no dia-a-dia de trabalho.

O desemprego deve ser um dos temas dessa discussão. É um acidente econômico que machuca bem a fundo a dignidade humana. Sobre a questão, vislumbro uma saída: preparar as pessoas para serem empreendedoras, transformando idéias em oportunidades de trabalho. No mundo globalizado a redução de empregos é uma realidade, mas o trabalho nunca vai deixar de existir.

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