Zagueiro do ASA é sepultado em clima de comoção

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

“O futebol foi a sua vida, mas nós somos a sua família e jamais te esqueceremos”, foi com esta frase emocionada que a mãe do zagueiro Clécio Henrique de Almeida Amorim, 25 anos, – ele completaria 26 no próximo dia 11 –Francisca Amorim se despediu do zagueiro do ASA que foi encontrado morto ontem pela manhã, no apartamento 204 do hotel Plaza, onde morava em Arapiraca.

O clima de tristeza e incredulidade era latente nas mais de 200 pessoas presentes ao velório e sepultamento do atleta, que contou, ainda, com ex-companheiros do Agrimaq e Sport Recife.

O sepultamento estava previsto para ocorrer às 16 horas de hoje, no Cemitério Parque das Flores, mas foi antecipado a pedido da família, mãe, pai, duas irmãs e um irmão, o que impossibilitou a vinda dos seus companheiros do ASA e a diretoria do clube alvinegro.

Durante a cerimônia, o presidente da Federação Alagoano de Futebol (FAF), Raimundo Soares, lamentou o desaparecimento prematuro de Clécio, que havia acabado de retornar a Alagoas para defender as cores do ASA. Na temporada de 2006, ele havia se sagrado campeão pelo Ceará, de onde saiu reclamando de direitos trabalhistas.

A ausência de informações sobre a causa da morte do atleta também foi um dos temas abordados entre os presentes ao velório, que aguardam as investigações da Delegacia Regional de Arapiraca.

Contudo, membros da família afirmaram que a legista responsável pelo exame cadavérico de Clécio, dra. Maria Goreti, teria descartado a possibilidade de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC), o que aumenta as suspeitas sobre a morte do atleta.

Ontem, após a descoberta do corpo, o Departamento Médico do ASA garantiu que o atleta não sofria de problemas cardíacos e que ele vinha sendo submetido a tratamento com Feldene, um antiinflamatório, visando tratar uma lesão em sua coxa.

O laudo definitivo, inclusive com exame toxicológico, deverá sair no prazo máximo de 30 dias.

A morte

Clécio Henrique de Almeida Amorim, 25 anos, zagueiro do ASA, foi encontrado morto por volta das 10 horas de ontem, no seu quarto no hotel Plaza, no Centro de Arapiraca.

Clécio, que havia atuado na quarta-feira no empate por 2 x 2 diante do CSA, no Estádio Rei Pelé, chegou a ser substituído por problemas musculares, mas não se queixou de nenhuma dor no retorno para Arapiraca.

A delegação jantou em uma churrascaria da cidade e foi liberada por volta das 2 horas, quando todos voltaram às suas residências.

Ontem pela manhã, o atleta deveria comparecer ao trabalho de recuperação muscular na piscina e Clécio não compareceu, chamando a atenção dos companheiros da equipe.

Após o treinamento, alguns companheiros foram ao hotel Plaza, quando encontraram a porta do apartamento fechada, acionaram a segurança do hotel, que por sua vez arrombou a porta e encontrou Clécio já sem vida dentro do banheiro.

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