Hospital Hélvio Auto alerta população no combate a doenças da chuva

Com a proximidade do período invernoso aumenta a preocupação com a incidência do registro de doenças de veiculação hídrica como cólera, dengue e, principalmente, leptospirose. No Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), antigo HDT, referência no Estado no tratamento de doenças infecto-contagiosas e parasitárias, toda a equipe está de prontidão caso haja um aumento de casos. “Em Maceió, nossa preocupação é com a leptospirose, pois é uma doença adquirida pelo contato direto com a água contaminada por uma bactéria eliminada pela urina dos ratos”, alerta o diretor-geral do hospital, médico infectologista Marcelo Constant.

De acordo com Constant, a leptospirose se manifesta de 10 a 12 dias após o contato com a água contaminada. A primeira manifestação aparece com febre alta e dores musculares intensas, principalmente na região da panturrilha. Aparecendo sintomas dessa natureza, Marcelo Constant reforça que é importante procurar socorro médico de imediato, pois a doença pode levar à morte caso a pessoa contaminada não seja tratada a tempo. “Os pais devem evitar que seus filhos entrem em contato com a água contaminada, pois muitas vezes o momento da chuva é uma festa para as crianças”, salienta o diretor-geral do Hélvio Auto.

O infectologista acrescenta que outra preocupação da equipe médica do Hélvio Auto é com relação à dengue, a qual costuma aparecer com maior freqüência logo após o período chuvoso. Com o aumento da temperatura, as larvas da dengue tendem a eclodir, criando uma nova população de mosquitos. Marcelo Constant volta a lembrar que as pessoas podem ajudar no combate à doença evitando o acúmulo de tudo o que pode juntar água como pneus, garrafas e latas. “Até mesmo piscinas de casas fechadas. Fazemos um apelo aos donos de imóveis nestas condições para ajudarem a evitar a incidência na doença em Alagoas, pois o mosquito cresce em águas paradas, como sabemos”, ressalta Constant.

Nas zonas alagadas do baixo São Francisco, a situação é mais preocupante, porque pode haver a contaminação dos mananciais de água potável da região. Com o excesso de água, muitas fossas são inundadas e as fezes passam a contaminar o meio ambiente. “Tememos doenças como febre tifóide, disenterias, verminoses e hepatite viral tipo A”, confirma Marcelo Constant. “Mas quando não se tem segurança com a qualidade da água, nossa recomendação é para colocar três gotas de hipoclorito de sódio para cada litro. É muito simples, basta usar a própria água sanitária, de qualquer marca”, acrescenta o diretor-geral do hospital Hélvio Auto.

Além do uso do hipoclorito, Constant lembra de outra opção para garantir a qualidade da água consumida é fervê-la. Essas duas formas garantem uma água com maior qualidade, garante Constant.

Fonte: Assessoria

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