Sem-terra e professores viajam para pressionar MEC e Renan

Sem-terra estão de volta a Maceió para apoiar os professores

Alagoas24horasCozinheira prepara carne para almoço de trabalhadores rurais

Cozinheira prepara carne para almoço de trabalhadores rurais

No final da tarde desta quinta-feira uma comissão de professores da rede estadual de ensino e dos Movimentos Terra Trabalho e Liberdade (MTL), de Libertação pelos Sem-Terras (MLST), dos Sem-Terras (MST) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) viajam à Brasília para uma audiência com o ministro da Educação Fernando Haddad e com o senador Renan Calheiros (PMDB). A intenção é pressionar o Governo Federal para a liberação de mais recursos para a Educação de Alagoas e agilizar o processo de desapropriação da antiga usina Agrisa, que fica entre os municípios de Joaquim Gomes e Flexeiras.

A caravana formada pelo Sinteal, Central Única dos Trabalhadores e movimentos que lutam pela terra deve sair de Maceió por volta das 18h00. Os sindicalistas e sem-terra seguem de ônibus para Brasília, onde vão pressionar o ministro da educação, Fernando Haddad para viabilizar o pagamento de 100% da isonomia dos professores.

“Nós não queremos esmolas desse governo. Passamos 20 mil lutando pela isonomia e não é justo que, depois que a gente consegue a vantagem, chegue um governador para acabar com ela. Vamos a Brasília e só sairemos de lá com uma resposta positiva”, explicou a vice-presidente da CUT, Lenilda Lima.

E enquanto a caravana segue em busca da isonomia, cerca de dois mil trabalhadores rurais chegaram hoje a Maceió para, mais uma vez, prestarem solidariedade aos professores do Estado e reivindicarem a desapropriação das terras da antiga usina Agrisa.

De acordo com Marrom, coordenador estadual do MLST, os sem-terra ficam em Maceió até a próxima quinta-feira, dia Internacional da Mulher. “Amanhã teremos uma visita à Delegacia da Mlher. Vamos levar um mapa com as estatísticas da violência no campo contra a mulher e pedir a instalação de uma delegacia especializada também no interior”, afirmou ele.

Acampamento

Para ficarem em Maceió por quatro dias, os movimentos sociais trouxeram dezenas de metros de lona, mais de 150 quilos de arroz, feijão, fubá, farinha, macaxeira e carne de boi e charque. “De manhã vamos comer cuscuz e charque e o almoço e o jantar serão arroz, feijão, macaxeira e carne”, disse a Maria Edleuza da Conceição, 40 anos, sem terra do acampamento Agrisa.

Além dos barracos de lona, os trabalhadores improvisaram um banheiro e um cano para tomar banho. E, se os pais terminavam de montar acampamento na praça dos Martírios e começavam a preparar o jantar, as crianças se divertiam e dançavam ao som do forró que vinha do carro de som da CUT.

Agrisa

Desde de 2003 as terras da antiga usina Agrisa estão sendo ocupadas por mais de quatro mil trabalhadores rurais ligados a todos os movimentos sociais de Alagoas. São quase 25 mil hectares de terra que já foram considerados improdutivos pelo Incra.

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