Professores mantêm greve, mas iniciam período de matrículas

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

A greve que já dura 55 dias dos professores da rede estadual de ensino ainda não tem dia certo para acabar. Mesmo com determinação judicial de corte de ponto, o movimento grevista continua com as atividades paralisadas em protesto contra o decreto 3.555/07 do Governo do Estado, que suspendeu o pagamento da isonomia salarial concedida aos professores.

Em assembléia esta manhã, trabalhadores da Educação decidiram que apenas retomar as atividades de matrículas. “Esta semana o sindicato vai estar convocando os diretores e secretários escolares para que na próxima segunda-feira comecem a ser realizadas as matrículas em todas as escolas do Estado. A greve continua, mas as matriculas serão prioridades neste fase”, explicou o presidente da CUT em Alagoas, Isak Jackson.

Amanhã à tarde, os grevistas fazem uma caminhada pelo Centro de Maceió e, na próxima quinta-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizará nova assembléia com a categoria, deste vez, na Praça Padre Cícero, no município de Murici, distante 51 quilômetros de Maceió.

“A assembléia em Murici é para refazer o apelo ao senador Renan Calheiros que ficou de intermediar as questões da greve com amigo e governador do Estado, Teotônio Vilela Filho. Uma comissão esteve na semana passada em Brasília e o senador ficou de apresentar hoje um posicionamento firme, uma saída para o problema, mas até agora não recebemos nenhum posicionamento”, afirmou Jackson.

Ponto

O juiz da 18ª Vara da Fazenda Pública, Cláudio José Gomes Lopes, determinou o certe do ponto a partir de hoje de todos os servidores que não voltarem ao trabalho. Mas de acordo com o presidente da CUT em Alagoas, Isak Jackson, os trabalhadores não vão ceder à retaliação.

“O governo quer retaliação, mas não vamos ceder às pressões. A partir de hoje, com o corte nos pontos, não somos mais obrigados mais a repor às aulas perdidas. Os trabalhadores são obrigados a repor o período em que ficou parado no período de greve, mas com o corte do ponto não temos mais esta obrigação”, disse.

Proposta

O decreto 3.555/07 anula o acordo feito no Governo de Luis Abílio que previa o pagamento dos 80% em janeiro deste ano da isonomia dos professores, uma vez que os 20% haviam sido pagos na folha de dezembro.

A proposta apresentada pelo governador Teo Vilela foi de pagamento de 40% da isonomia no mês de fevereiro e os 40% restantes seriam negociados em outubro deste ano.

Os professores estão em greve desde 17 de janeiro e, até o momento, estão irredutíveis quanto às propostas apresentadas.

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