O secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viegas, e o arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz, reuniram-se neste final de semana, para tratar da restauração do Museu de Artes Sacras, de Marechal Deodoro, e do Papódromo, destruído por vândalos nos últimos anos.
A proposta de Viegas, e que tem o apoio de Dom Muniz, é de que a Igreja possa fazer a gestão do museu, através da Associação Bom Conselho, de Bebedouro, já responsável pela parte operacional do local.
Segundo o secretário, os dois servidores de cargos comissionados do museu são indicados pelo arcebispo e escolhidos em uma lista tríplice encaminhada ao poder executivo. No ano passado, disse Viegas, essas duas pessoas nomeadas não constavam da lista tríplice. “Estamos sabendo, também, que essas pessoas nunca deram um dia de expediente no museu”, criticou o secretário. “Após analisar a situação, junto com a Associação Bom Conselho, concluímos que a Igreja pode gerir sozinha aquele patrimônio e o Estado entrará na questão quando houver interesses conjuntos”, destacou.
Sobre o Papódromo, o governo e a Igreja vão agendar reunião para os próximos dias, com o objetivo de discutir estratégias de recuperação, como firmar convênios externos para obtenção de recursos.
Viegas alertou que o Estado tem outros equipamentos culturais que merecem igual preocupação por parte do Executivo, a exemplo do Memorial da República, Memorial Teotonio Vilela, Museu Palácio Floriano Peixoto, Biblioteca Pública, entre outros. “Todos têm carência de manutenção”, disse.
O secretário informou ainda que o governo está estudando a possibilidade de buscar a cooperação técnica do governo espanhol, uma vez que aquele país implantou oficinas de restauração na Paraíba e Bahia, que estão dando certo. “Vamos formar oficinas permanentes de restauração dos equipamentos culturais pertencentes ao Estado”, afirmou”.
