Jornalistas da Tribuna dão ultimato e confirmam assembléia para segunda

Os jornalistas da Tribuna de Alagoas realizam assembléia na próxima segunda-feira para desencadear ações que visam resolver, em definitivo, as pendências com a empresa.

Cansados de esperar por negociações comerciais e de bastidores para a reabertura do jornal e o pagamento dos salários atrasados, os profissionais estipularam a próxima sexta-feira como data limite para uma solução. "Se a questão não for resolvida até lá, os trabalhadores darão um desfecho", disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Carlos Roberto Pereira.

A assembléia de segunda-feira será conjunta com os gráficos e está marcada para as 10 horas, em frente a porta da empresa. Uma das primeiras atitudes a ser adotada pelos profissionais é ingressar com ação na Justiça do Trabalho para executar a dívida salarial.

Existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Tribuna no Ministério Público que não foi cumprido, e cuja multa duplica o valor a ser pago aos trabalhadores. Além dessa ação de execução, os jornalistas e gráficos também deverão ingressar com pedidos de demissão indireta no Judiciário, para que seja dada baixa nas carteiras de trabalho e eles possam cobrar judicialmente as verbas rescisórias e indenizações.

Outras iniciativas de caráter sindical e político também deverão ser tomadas. Mas os trabalhadores e o Sindicato não adiantaram quais serão. "Os proprietários, diretores e demais interessados na reabertura do jornal ainda podem evitar tudo isso. Basta que paguem os salários atrasados e negociem como será o retorno aos trabalhos até sexta-feira. Os funcionários e seus sindicatos já fizeram de tudo e esperaram o que puderam para salvar a Tribuna, mas paciência, barriga vazia e contas atrasadas têm limite", desabafa o presidente do Sindjornal.

A paralisação da Tribuna completou hoje 75 dias. Os trabalhadores estão sem receber os salários de dezembro, janeiro, fevereiro e março. O prazo dado pelo Ministério Público para o pagamento dos salários de dezembro e janeiro foi de trinta dias, mas sessenta já se passaram. Os trinta dias adicionais foram dados pelos sindicatos e os funcionários na esperança de que os donos da empresa conseguissem, além de pagar os atrasados, recolocar o jornal nas ruas, o que não se concretizou até hoje.

Fonte: Sindjornal

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos