No trabalho diário as pessoas têm uma enorme dificuldade de hierarquizar as coisas a fazer. Muitas vezes, aquilo que é mais importante deixa de ser feito e, no lugar, questões secundárias, que poderiam ser resolvidas posteriormente, passam a ocupar o precioso tempo dos dirigentes e funcionários. E isto ocorre tanto no serviço público como na iniciativa privada. Faltam foco, disciplina e uma melhor técnica de gerenciar o tempo. A conseqüência disso é a baixa eficácia das ações, isto é, na transformação de objetivos planejados em resultados concretos.
Em alguns casos as pessoas tentam focar as maiores prioridades, mas, freqüentemente, não têm certeza quais são elas. É, pois, necessário pensar e classificar aquilo que vai ser feito em três categorias: essenciais, importantes e secundárias.
Até na gestão de nossas famílias, as coisas mais importantes são muitas vezes deixadas de lado em detrimento de coisas menos importantes. Será que estamos colocando aquilo que é mais importante em primeiro lugar? Como andam a educação e a saúde dos filhos? E o desenvolvimento das habilidades, tão requisitadas pelo mercado de trabalho, como por exemplo, falar mais de um idioma?
Nas empresas, enquanto os funcionários não estiverem habituados a proceder a hierarquização das tarefas, o trabalho das lideranças torna-se ainda maior. Pelo menos o líder de cada setor deve dominar a técnica da gestão eficaz do tempo. Paulatinamente, esse hábito vai sendo incorporado pelos subordinados. Quando todos dominarem o processo de hierarquização do tempo, os níveis de produtividade aumentarão substancialmente.
Um dos maiores problemas enfrentados é quando os objetivos e metas das empresas, entidades e/ou organizações são abstratas, numerosas, ou simplesmente não são realistas. Em geral é comum isso acontecer.
Quando observamos os comportamentos e atitudes das pessoas, verificamos que não sabem para onde caminham. Não têm clareza e, às vezes, não se comprometem com os objetivos que desejam alcançar. Esse é um grande mal observado nos dias atuais.
Nos órgãos públicos muitas das ações poderiam ser rapidamente colocadas em prática se houvesse a cultura da hierarquização. O trabalho dos responsáveis pelo departamento de recursos humanos deve caminhar nessa direção. Portanto, investir em qualificação através de treinamentos constantes deve ser encarado como prioridade.
Para finalizar, algumas frases para reflexão: “Se a solução não está em trabalhar mais, melhor e com mais rapidez, onde então estará?; “Qualquer coisa aquém de um compromisso consciente com a importância é um compromisso inconsciente com a não-importância”; “Fazer as coisas com mais rapidez não quer dizer que estejamos fazendo as coisas certas”.
