O vereador Galba Novaes (sem partido) está tentando, por meio do governo federal, a implantação de faculdades populares para a cidade de Maceió. “As universidades federais e, principalmente, as particulares, já ganharam grande visibilidade na sociedade brasileira, que busca, a todo custo, a formação em 3º grau. Mas, como num contra-senso, elas também se tornaram uma forma de resistência ao ensino para a população de baixa renda, já que a classe menos favorecida tem dificuldades para chegar até o curso superior”, disse ele, ao explicar o porquê de sua iniciativa.
O primeiro pedido para a criação de uma faculdade popular para Maceió foi encaminhado ao ex-deputado federal Rogério Teófilo, que ocupa um cargo de direção no Ministério da Educação, em Brasília. “Eu sugiro que a primeira faculdade popular de Alagoas seja implantada no Tabuleiro dos Martins, porque lá, o próprio MEC já possui um prédio na antiga rua Campos. Sem dúvida, seria mais uma opção em educação superior e iria beneficiar, diretamente, aquelas pessoas mais carentes”, argumentou o parlamentar, acrescentando que Teófilo se mostrou bastante receptivo à idéia.
Com essa iniciativa Alagoas faz parte dos poucos estados do País a constar da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, organizada pelo MEC.
Segundo Galba Novaes, o pedido para que a faculdade se instale no Tabuleiro se justifica pelo fato de que, em sua maioria, a população tem um baixo poder aquisitivo e menores condições financeiras de custear o ensino superior em uma instituição privada. “São pessoas que, em conseqüência dessa condição social, possuem menos oportunidade de correr atrás do tão almejado diploma”, explicou.
Qualidade
De acordo com o vereador, o governo federal já vem criando faculdades populares em outros estados e há, inclusive, experiências de cursos que são realizados, em parte, à distância.
“Com a criação da faculdade popular, esses jovens e adultos terão a opção de se matricular em um curso superior e a idéia é proporcionar um ensino de qualidade e com eficiência, a preços bem inferiores aos praticados pelas faculdades particulares ou, se possível, torná-la gratuita”, defendeu ele.
“Na nossa concepção, o modelo de faculdade popular consegue romper os pilares mais frágeis da nossa sociedade e oportunizar educação para aqueles que têm sede do saber. Estamos buscando algo novo e conceitual para o setor de educação do nosso município de Maceió, principalmente para a população carente, que não tem acesso às universidades”, afirmou Novaes.
