Estudantes exigem revogação do decreto que limita uso do cartão eletrônico

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

Centenas de estudantes de escolas públicas e privadas, filiados à Umese, Fegreal, grêmios estudantis, DCE da Ufal, Ubes e Andes estão ocupando, neste momento, a sede da Secretaria Municipal de Finanças, com o objetivo de pressionar o prefeito Cícero Almeida a revogar o decreto 6.736, que limita a utilização do cartão eletrônico de meia passagem para o período de aula do aluno.

O decreto, publicado no dia 4 de maio no Diário Oficial do Município, além de limitar o uso do cartão eletrônico concede ainda à Transpal o poder de realizar auditorias nas escolas, junto com a SMTT (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito), onde poderá verificar as cadernetas dos professores para averiguação na freqüência dos alunos.

Para os estudantes, a vida estudantil não se resume apenas à semana, nem à sala de aula. “Nós temos atividades escolares no fim de semana e temos o direito à meia passagem como estudantes. O prefeito quer nos tirar um direito antigo. O estudante tem direito ao acesso ao lazer e outras atividades culturais”, explicou o representante da Umese, União Maceioense dos Estudantes Secundaristas, Gilberto Melo.

Neste momento, uma comissão de estudantes está reunida com o procurador-geral do município, Diógenes Tenório Júnior, e com a secretária de Finanças, para que seja agendada uma reunião com o prefeito Cícero Almeida

Aos som de palavras de ordem como “boi, boi boi, boi da cara-preta, com esse decreto, a gente vai pular roleta”, os estudantes discutem a proibição imposta pelo decreto e acusam o prefeito Cícero Almeida de fugir da discussão com a sociedade civil organizada.

Os manifestantes afirmam que o decreto foi publicado sem que houvesse discussão com a sociedade, “na calada da noite”, afetando a economia de todas as famílias de Alagoas.

“Não aceitamos outra medida que não seja a revogação do decreto. Para isso vamos mobilizar a sociedade e adotar as medidas legais cabíveis, como entrar com uma ação no Ministério Público Estadual”, afirmou um dos estudantes.

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