Mulheres de policiais militares protestam pelo reajuste salarial de seus maridos
Decepção e frustração marcaram a caminhada do Movimento das Mulheres de Policiais Militares, prevista para ocorrer na manhã de hoje, pelas ruas do Centro da Cidade. Ao contrário da expectativa das organizadores, que esperavam reunir mais de mil mulheres, além de filhos e pensionistas, a manifestação foi esvaziada.
Segundo uma das organizadoras do protesto, vários fatores contribuíram para o esvaziamento da caminhada. Desde a proibição de alguns comandantes de batalhões, que impediram a distribuição de panfletos anunciando a manifestação, além do temor por possíveis retaliações.
As esposas dos policiais militares que compareceram à Praça Sinimbu afirmaram que a categoria aguarda com muita ansiedade a definição do reajuste para cabos, soldados, sargentos e subtenentes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, uma vez que representará um significativo incremento no soldo dos seus maridos.
“Meu marido trabalha há 20 anos na Polícia Militar e apenas agora foi promovido a sargento, no entanto, para mantermos nossa família eu trabalho e ele ainda é obrigado a fazer ‘bicos’”, disse uma das mulheres que pediu para mão ser identificada.
Compareceram também à manifestação PMs aposentados, que integram o quadro de inativos da corporação, que voltaram a apontar irregularidades como escala extra sem pagamento de adicional, e realização de “bicos” para complementação da renda.
Segundo os organizadores da caminhada, as pessoas presentes à Praça Sinimbu se integrarão aos demais movimentos sociais que devem realizam um ato público ainda na manhã de hoje.
