Reunião discute medidas para famílias que moram na Grota Bom Jesus
A reunião que ocorre no fim desta tarde, entre o secretário de Infra-Estrutura, Sérgio Moreira, representantes do CREA, Defesa Civil e moradores do Benedito Bentes discute as obras da Macrodrenagem do Tabuleiro do Martins, da empresa Gautama.
De acordo com os moradores, as obras começaram no ano 2000, ficaram quatro anos paradas, foram retomadas em 2006 e pararam novamente desde o meio do ano passado.
Por conta da paralisação, a tubulação que foi colocada entre as casas está entupida e quando chove, inunda toda a região, composta de cerca de 50 moradores. Um deles é Lourinaldo Melo, que teve parte de sua propriedade perdida por causa da erosão ao lado da tubulação. “Acabou o sítio, já perdi também um açude e estou com uma cratera no meio da minha propriedade”, explicou.
Outro morador com prejuízo é Dílson Silva, da Grota Bom Jesus. “Nunca tinha acontecido, mas depois das obras, entrou cerca de um metro de água na minha casa. Recentemente, também entrou lama, areia e giz”, afirmou.
O grupo pede que a tubulação seja retirada e que as famílias da parte de cima da cratera sejam transferidas. No alto, há 18 casas em risco de desabar. Dessas, seis famílias já foram transferidas, mas 12 ainda esperam uma ajuda da Defesa Civil.
Obra
O convênio para as obras de Macrodrenagem do Tabuleiro foi firmado entre a Secretaria de Infra-Estrutura e a Gautama em 1997, com previsão de gastos de R$ 48,1 milhões – estes recursos estaduais e federais.
No meio das obras, o Tribunal de Contas da União constatou gastos de R$ 15 milhões em “pagamentos indevidos de serviços”, além de inadequações na construção de poços e túneis. Por isso, as obras foram paralisadas em julho de 2005 e, segundo a Secretaria de Infra-Estrutura, ainda há cerca de R$ 35 milhões em caixa, que não podem ser utilizado por conta da irregularidade constatada pelo TCU.
