Os peritos médicos do INSS, por meio de sua entidade representativa, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP) decidiram hoje realizar uma paralisação de advertência de dois dias, a começar de amanhã. A paralisação é um protesto pela morte de mais um perito, ocorrida ontem, em Patrocínio (MG).
“Diante a imobilidade do governo que não atendeu a principal reivindicação da categoria, que é a um pronunciamento público por parte do ministro da Previdência, Luiz Marinho, se comprometendo com a segurança da perícia médica e esclarecendo a população do papel do perito dentro do INSS, não vemos alternativa a não ser paralisar por dois dias, em forma de advertência”, informou o presidente da ANMP, Luiz Carlos de Teive e Argolo.
O assassinato de José Rodrigues foi o segundo a atingir a categoria em menos de um ano. Em setembro de 2006 a perita Cristina Felipe da Silva foi assassinada na porta de sua casa, em Governador Valadares. Os casos de agressões graves aos peritos são contínuos. Neste ano um perito foi esfaqueado em Santos (SP). Após a morte de Cristina Felipe os peritos decretaram greve por tempo indeterminado, mas, retomaram o trabalho após três dias de paralisação, com a promessa de cumprimento, por parte do Ministério da Previdência, de uma pauta mínima com 10 itens acordados.
“Apenas um dos dez itens da pauta acordada foi cumprido. Este item é o envio em domicílio do resultado da perícia para os segurados autônomos e desempregados. Todo o resto o governo protela em atender. Agora queremos um compromisso público por parte do ministro Luiz Marinho de que os itens de segurança serão efetivamente instalados e que uma campanha nacional de conscientização do papel da perícia será feita. Pedimos isto ontem e hoje. Ele não nos atendeu. Terça-feira, em Brasília, vamos ao Ministério Público para tentar retomar o diálogo”, informou Luiz Carlos Argolo.
