Para diminuir os problemas da população, que sofre com os 12 dias da greve dos médicos e a superlotação da Unidade de Emergência Armando Lages, o Ministério Público Estadual conseguiu a garantia de representantes do Governo e da Prefeitura de Maceió, de colocar em prática ações emergenciais para garantir o atendimento adequado à saúde da população.
“O prefeito Cícero Almeida e o secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, garantiram que haverá plantão no PAM Salgadinho e nos postos de saúde do Vergel, Benedito Bentes I e Graciliano Ramos, no sábado e no domingo, a partir das 7h, para o atendimento ambulatorial geral da população, desafogando a Unidade de Emergência”, disse a promotora de Justiça Cecília Carnaúba.
Ainda de acordo com a promotora da Fazenda Pública Estadual, a partir de segunda-feira o 1º Centro de Saúde, na Praça das Graças, também fará atendimento ao público.
Nesses postos, o atendimento estava parado por causa da greve e também pela falta de estrutura. Depois de uma vistoria do Conselho Regional de Medicina, os médicos foram proibidos de exercerem as atividades nesses locais, por falta de medicamentos, condições insalubres, falta de equipamentos, entre outros problemas.
Já o 1° Centro de Saúde Noélia Lessa estava sem atender a população desde a última sexta-feira, quando parte do teto desabou, ameaçando médicos e pacientes.
Transferência
Na quinta-feira à noite, atendendo a ação cautelar impetrada, um dia antes, pelas Promotorias de Justiça da Fazenda Estadual e da Saúde, a juíza Esther Manso, da 16ª Vara da Fazenda Estadual, determinou que o Estado e o Município transferissem, em 48 horas, 60 pacientes na Unidade de Emergência para outras unidades de saúde.
Segundo ela, o governo do Estado já providenciou a transferência de 46 pacientes da Unidade de Emergência para outros hospitais atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com garantia do recebimento da devida remuneração por cada paciente atendido.
“Nesta sexta-feira à tarde, serão transferidos mais vinte, sendo dez para o Sanatório e dez para o Hospital do Açúcar, passando para 66 o número de pacientes transferidos”, destacou a promotora.
“Além disso, o secretário Álvaro Machado garantiu que a PM e Corpo de Bombeiros também vão ajudar, com médicos e enfermeiros, no atendimento ambulatorial à população no 1º Centro de Saúde, na Praça das Graças, a partir da próxima segunda-feira”, acrescentou Cecília.
Superlotação
A ação cautelar foi impetrada depois que uma equipe de promotores visitou o Hospital Pronto Socorro de Maceió e constatou superlotação e falta de estrutura para atendimento à população. Os promotores encontraram baratas em um armário de medicamentos, sujeita pelos corredores, além de moscas na UTI e aparelhos de ar condicionado e exaustores quebrados.
A questão da superlotação da Unidade de Emergência volta a ser discutida na próxima segunda-feira, às 9h, na sede da Defensoria Pública, com a participação dos secretários de Saúde do Estado e do Município de Maceió.
Com informações da assessoria
