A greve dos servidores das universidades brasileiras já atinge 41 instituições. Na Ufal, o movimento está entrando na sua segunda semana. Em nível nacional a paralisação já completa 15 dias na segunda-feira (11/06). Na avaliação do Comando Nacional de Greve (CNG) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) a mobilização da categoria deve aumentar nos próximos dias, principalmente depois do governo ter aberto a mesa de negociação na última semana.
Está claro para Fasubra que os desafios serão muitos na busca da efetivação de um canal de negociação. A esperança da federação é chegar a uma conversa com o governo que indique possibilidades concretas de ganhos para categoria. “Temos a consciência de que a nossa luta está no caminho certo. No que diz respeito ao eixo geral, conseguimos influenciar o parlamento, quanto as contradições do PLP nº 01/2007 no que se refere ao fortalecimento do Estado e a valorização de seus servidores. O reconhecimento da legitimidade de nossa luta e reivindicações ficou evidente, na primeira reunião realizada dia 06/06, demonstrando que conseguimos instalar, logo no início da greve a mesa de negociação” afirmou Iolanda Santana, coordenadora geral do SINTUFAL, ao relatar as informações sobre a conjuntura atual.
Na segunda-feira (11/06) os servidores da Ufal vão fazer uma assembléia, às 10 horas, no auditório da reitoria, para fazer uma avaliação dos primeiros dias da paralisação. Eles lutam contra a aprovação no Congresso Nacional do PLP 01/07 que representa um ataque frontal ao Serviço Público e propõe, inclusive, o congelamento de salários por 10 anos.
A greve acontece, também, para barrar a proposta de transformar os Hospitais Universitários em Fundações Estatais, que, na verdade, trata-se da privatização do setor, prejudicando o ensino, a pesquisa e a extensão, além da população carente que só tem acesso a serviços de alta complexidade, através dos HU.
