Um país chamado Brasil

Lembro-me ainda dos tempos do coronelismo, dos currais eleitorais e dos famosos tempos da ditadura. Sinto que quase nada mudou. Os poderosos e os oprimidos são outros protagonistas, com histórias e situações semelhantes. Trabalhadores e estudantes continuam sendo perseguidos de forma impiedosa, sem o direito de reivindicação, agora, de forma light e diet.

Eles continuam sentindo na pele a manutenção de uma “democracia ditatorial” que procura a todo custo os impedir de exercer o direito de greve como rege a Carta Magna: direito a condições de trabalho, luta por melhores salários para manter suas famílias e direito a ter condições de se manterem atualizados no seu dia a dia.

No momento em que a “justiça” nos tira esse direito sagrado, os profissionais da saúde e o próprio Conselho Regional de Medicina (órgão maior) da nossa classe, regido também por lei federal, sentem na carne o modelo que ainda permanece (dos tempos passados) e que nos deixa estarrecidos e inertes; mas, não desamparados…

A visível falta de higiene, a podridão aliada ao odor fétido dos “consultórios” e os riscos de infecção tanto para os pacientes quanto para todos os profissionais de saúde, parece não sensibilizar algumas poucas pessoas que “hoje” fazem parte do governo, nos impondo de forma cruel e indigna por força da “lei”.

Somos tratados como “ratos brancos” que deverão aceitar a todo custo trabalhar em salas imundas e desconfortáveis com salários de R$ 1mil há mais de 13 anos, como se não tivéssemos a menor importância diante de nosso verdadeiro exercício profissional.

Será que somos corruptos? Nossa profissão deve ser respeitada e merecer toda a confiança, não só da população, mas também daqueles que um dia irão necessitar de nossa intervenção médica.

Assim como nós também iremos em busca do auxílio de outras profissões. Ninguém vive só e sem Deus. Poder pressuposto não representa a lei maior do País (Constituição Federal).

E a lei não deve amparar hospitais ou ambulatórios médicos que não ofereçam as mínimas condições de funcionamento, seja por falta de higiene, por falta de equipamentos, medicamentos ou segurança.

O Conselho Regional de Medicina é uma entidade de respeito, presidida por um médico renomado e regida também por lei federal. O CRM, até prova em contrário, tem poderes para interditar o trabalho médico em pocilgas ambulatórias ou Hospitalares de
qualquer região do país.

E isso vem ocorrendo desde outubro de 2006, com o conhecimento do Ministério Público Estadual. Obrigar os profissionais de medicina a trabalhar em ambientes inadequados é, sem dúvida nenhuma, uma inquestionável execração pública das mais deprimentes.

Enquanto corruptos, comprovadamente culpados, são agraciados com “aposentadorias compulsórias”, com valores não menores de R$ 23.000.00, coisa que nos envergonha a todos, somos obrigados por força da “lei”, a retornar ao trabalho com salários irrisórios de R$ 1 mil em locais que os próprios funcionários e autoridades da justiça jamais aceitariam.

A justiça alagoana é composta de pessoas de bem e de boa índole. Provavelmente por não conhecer as condições onde trabalhamos, a respeitável juíza tenha tomado essa atitude pensando em estar beneficiando a população. O que é louvável!

Temos também pessoas de várias camadas sociais que sabem o motivo da criação
da chamada “CPMF”(Contribuição Provisória da Movimentação Financeira).

São 30 bilhões arrecadados anualmente e que sua única destinação seria em prol do Sistema Único de Saúde. Sigla, hoje conhecida como SUS-TO. E creio que a única maneira de se fazer valer essa proposta seria acionar o Ministério Público Federal, em benefício da população carente e em cumprimento do que reza a Constituição.

Lembro ainda que a violência assola e envergonha o país, ultrapassando fronteiras. Que o diga a França. Vários franceses assassinados e sem motivo aparente. Assaltantes ou saqueadores?

Fora os prejuízos em termos de assistência médica e também diplomática etc. Será que alguém pensou em obrigar ao governo a cumprir o que reza constituição, em relação a segurança Pública, educação básica, saúde… Finalmente, já estou biológica e cronologicamente envelhecido.

Porém, afirmo aos senhores, que se eu não for condenado à "forca "ou à" guilhotina", continuarei nessa luta com o Mesmo vigor de um jovem de 25 anos. Porque sabemos que: “Justiça se faz com conhecimento de causas e efeitos e não com poder pelo poder”.

Apesar dos deslizes de poucos, ainda acredito verdadeiramente na grande maioria dos que compõem a justiça brasileira.

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