O Sindicato dos Médicos recebeu, agora há pouco, uma nova liminar da Justiça, expedida pelo juiz da 17ª Vara Cível da Fazenda Pública Estadual, Kléver Loureiro. De acordo com o presidente do sindicato, Wellington Galvão, o documento diz que o sindicato pode pagar multa de R$ 5 mil por dia de greve e ainda autoriza o Governo do Estado a demitir os médicos grevistas.
O documento diz ainda que o magistrado determina a suspensão do movimento de greve, o imediato retorno de dos médicos às atividades e desconto nos subsídios.
Essa é a segunda decisão judicial contra o Sinmed. A primeira foi emitida pela juíza Esther Manso, logo depois que foi deflagrada a paralisação da categoria.
Indignado com a nova liminar, expedida dias depois que a categoria suspendeu a greve para negociar com o Estado, o presidente do sindicato diz que os médicos estão unidos na luta.
Segundo Galvão, a autorização de demissões ainda implicará no Código de Ética dos Médicos, que pelo artigo 77, proíbe o médico de assumir a vaga de um companheiro de profissão demitido por envolvimento em greves ou outras manifestações do gênero.
Com isso, Wellington diz que o Estado pode demitir e a vaga ainda continuar desocupada. Nesta quinta-feira, está marcada uma nova assembléia da categoria, às 19h30. Por enquanto, os médicos continuam em greve. “É um por todos e todos por um. Agora é uma questão de dignidade. Não é a classe médica que está sendo negligenciada, é a saúde da população”, afirmou.
Reunião
Terminou, também agora há pouco, a reunião entre o secretário de Administração, Adriano Soares, e a comissão de deputados estaduais que foi intermediar as negociações com a categoria dos médicos.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Wellington Galvão – que não pôde participar do encontro – disse que um dos deputados entrou em contato com a categoria e contou que o secretário disse que o Estado não tem recursos para aumentar o salário dos médicos.
De acordo com a assessoria, o secretário ressaltou que as conversações e entendimentos respeitam, rigorosamente, a condição financeira do Estado, e que jamais senta para discutir com categorias em greve.
Adriano Soares enfatizou que, de acordo com a lei, trinta dias da categoria parada, significa demissão. “Os servidores que estão em estado probatório e aderiram à greve e não retornem, provavelmente serão demitidos”, anunciou, frisando ainda, que caso haja desligamentos dos médicos, o Estado deverá fazer concurso público para contratar novos profissionais.
Greve
Os médicos estão em greve desde o dia 28 de maio e não estão atendendo nos ambulatórios de Maceió. A categoria só atende nos hospitais de urgência e emergência, onde estão sendo mantidos os 100% de pessoal.
A categoria reivindica reajuste salarial de 50%, mais melhores condições de trabalho.
Atualizado às 18h40