Impasse no setor de transportes: TRT propõe 4% de reajuste para rodoviários

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Mais um capítulo do impasse entre o Sindicato dos Transportadores Rodoviários e os empresários das linhas urbanas de ônibus foi escrito na manhã de hoje, desta vez com um novo personagem: o Tribunal Regional do Trabalho. De um lado, os sindicalistas cobram 12% de reajuste. Do outro, os empresários – que compõe a Transpal – assinalam com 2% lembram que já concederam aumento de 3% no início do ano.

O prazo para o acordo coletivo da categoria se encerra em oito dias. Diversas clausulas ainda se encontram em aberto, por não ter se chegado a um denominador comum em relação ao reajuste a ser concedido. Entre as outras clausulas, estão – por exemplo – a briga pelas cestas básicas e o aumento do ticket de alimentação, que atualmente é pouco mais que R$ 3.

Na manhã de hoje, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho, João Leite de Arruda Alencar propôs um reajuste de 4%. Os sindicalistas levarão a proposta para votação na base, em assembléia que deve ocorrer até a próxima segunda-feira, dia 25. Na terça-feira, trabalhadores e empresários voltam a se reunir e podem chegar a um acordo ou não.

Os empresários – representados por Fernando Paiva – dizem que precisam estudar o impacto econômico dos 4% nas planilhas financeiras das empresas. Segundo Fernando Paiva, as empresas do transporte urbano de Maceió se encontram deficitárias. Os sindicalistas argumentam que as passagens tiveram um aumento maior do que o concedido aos trabalhadores.

Paiva devolve: “Não podemos indexar o aumento da passagem ao aumento de salário, pois há outros custos para se chegar no valor final da passagem, como o diesel que aumentou acima da inflação, entre outros gastos, entre eles pneu, manutenção e renovação de frota”, destacou Fernando Paiva.

O impasse só deve mesmo ser resolvido na próxima terça-feira, quando empresários e rodoviários voltam a ocupar os assentos do Tribunal Regional do Trabalho.